Portugal Subiu Para o Quarto Lugar do Desemprego Europeu

 O desemprego continua a aumentar em Portugal. A taxa de desemprego (8,2% em Outubro) é já a quarta mais elevada entre os vinte e sete países da União Europeia, de acordo com dados do Eurostat divulgados ontem, tendo subido um lugar desde Setembro.

Comunicado à Imprensa n.º 046/07

 

 

 

PORTUGAL SUBIU PARA O QUARTO LUGAR DO DESEMPREGO EUROPEU

 

 

O desemprego continua a aumentar em Portugal. A taxa de desemprego (8,2% em Outubro) é já a quarta mais elevada entre os vinte e sete países da União Europeia, de acordo com dados do Eurostat divulgados ontem, tendo subido um lugar desde Setembro. Em Outubro de 2006 a taxa de desemprego portuguesa era 7,9%.

 

Além da variação ocorrida ser de sentido contrário à que se observou na generalidade dos países da União Europeia (descida de 0,8 pontos percentuais em termos homólogos), o aumento foi o segundo mais elevado entre os quatro estados-membros em que se registou subida do desemprego. Verificou-se também um aumento do desemprego em termos mensais (0,2% pontos percentuais, já que a taxa de desemprego verificada em Setembro de 2007 foi de 8,0%).

 

Os jovens e as mulheres são os principais atingidos pelo desemprego, registando, respectivamente, 16,2% e 9,6% de taxa de desemprego.

 

A degradação da situação do mercado de trabalho em Portugal deve-se ao fraco crescimento económico verificado em Portugal, que estagnou no 3º trimestre do ano quando comparado com o trimestre anterior, e foi de apenas 1,8% em termos homólogos (muito abaixo da subida de 2,9% da média da União Europeia).

 

As políticas do Governo PS/Sócrates têm contribuído para aprofundar a grave situação económica e social do País, ao submeterem a política económica ao controlo do défice das contas públicas e aos interesses liberalizantes e especulativos do grande capital, não promovendo o investimento público, cortando nas despesas sociais e nos serviços públicos, deixando milhares de trabalhadores e camadas desfavorecidas da população cada vez mais desprotegidos ao mesmo tempo que os lucros das grandes empresas crescem sem que sejam criados empregos suficientes para conter o aumento do desemprego.

 

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 04.12.2007