A Verdade Sobre as “Pontes”

 Como já vem sendo recorrente, com o aproximar do início de um novo ano, surgem notícias em diferentes órgãos de comunicação social que dão conta do “elevado número de feriados e pontes” e dos custos financeiros e económicos a estes associados para a economia. Para a CGTP-IN, a difusão de estes dados, para além de escamotear o essencial dos problemas económicos do país, insere-se numa linha de ataque aos direitos dos trabalhadores, alicerçada em falsidades e numa leitura enviesada da realidade, para tentar justificar a retirada do direito ao gozo dos feriados.

 

 

Comunicado de Imprensa n.º 067/10

 

 

A VERDADE SOBRE AS “PONTES”

 

Como já vem sendo recorrente, com o aproximar do início de um novo ano, surgem notícias em diferentes órgãos de comunicação social que dão conta do “elevado número de feriados e pontes” e dos custos financeiros e económicos a estes associados para a economia.

Para a CGTP-IN, a difusão de estes dados, para além de escamotear o essencial dos problemas económicos do país, insere-se numa linha de ataque aos direitos dos trabalhadores, alicerçada em falsidades e numa leitura enviesada da realidade, para tentar justificar a retirada do direito ao gozo dos feriados.

Desde logo, é falso que todos os trabalhadores façam “pontes”.

Depois, a existência de “pontes” não é um direito consagrado na lei. Aliás a maioria daqueles que as fazem são obrigados a abdicar de um dia de férias, ou a trocar esse dia por compensação de trabalho já realizado ou a realizar.

É ainda importante referir que nem o número de dias de férias, nem de feriados e muito menos das chamadas “pontes” é superior em Portugal quando comparado, por exemplo, com os países do norte da Europa, como a Finlândia ou a Suécia, sendo do conhecimento publico a dinâmica económica destes países.

A CGTP-IN relembra que os problemas com que o país está confrontado ultrapassam em muito o âmbito e alcance destas notícias, que se enquadram numa tentativa de aprofundar a linha geral de redução de direitos e da imposição de mais sacrifícios para os trabalhadores e suas famílias.

DIF/CGTP-IN

Lisboa, 06.12.2010