Solidariedade com a luta dos jovens enfermeiros

enfsep900A Interjovem/CGTP-IN está solidária com a acção de luta dos jovens enfermeiros que, organizados no Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, combatem a precariedade que afecta o sector e exigem vínculos efectivos para trabalhadores necessários todos os dias para assegurar os serviços.
 
O Ministério da Saúde e a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte têm vindo a protelar a resolução do concurso aberto em 2010 para fixação de 566 enfermeiros. Após ter assumido em reunião com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses o compromisso para resolução do concurso até Outubro, depois Novembro e finalmente Dezembro e de não ter cumprido nenhum desses compromissos, oSEP juntamente com os jovens enfermeiros que se encontram nesta situação decidiram avançar com um pré-aviso de greve para dia 5 de Fevereiro e manifestação para pressionar a ARS Norte a resolver a situação. Como resposta ao anúncio da luta dos jovens enfermeiros, a ARS Norte assumiu que iria afixar a lista dos enfermeiros colocados até Maio e abrir um novo concurso de 210 vagas até 15 de Fevereiro.

Estes jovens enfermeiros com vínculos precários que têm visto o direito de integração na carreira e o justo pagamento das horas de qualidade adiado durante anos e perante o risco de perderem os seus postos de trabalho não cederam às promessas inconsistentes da ARS.

80% dos enfermeiros nos Centros de Saúde de ARS Norte aderiram à greve e manifestaram-se nas ruas do Porto em direcção à sede da ARS Norte. Os jovens enfermeiros presentes nesta iniciativa em conjunto com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses assumem manter a pressão e intensificar as formas de luta pela estabilização dos seus vínculos laborais e para que lhes sejam aplicados os direitos previstos na contratação colectiva para a carreira de enfermagem. A sua participação nas acções convocadas pela CGTP-IN para o dia 16 de Fevereiro é fundamental, para que tragam à rua, aos espaços da Interjovem/CGTP-IN, em cada distrito, a luta concreta que estão a desenvolver, exigindo, em convergência com outros trabalhadores jovens que ""A um posto de trabalho permanente, corresponda um vínculo de trabalho efectivo."