Na concentração que realizaram ontem, 27 de Junho, no Pinhal Novo (Pinheirinhos), os trabalhadores da Palmela Desporto decidiram avançar para a greve, de 8 a 14 de Julho, caso o Conselho de Gestão continue a implementar o "Documento Estratégico e a efectuar represálias aos trabalhadores". Na Resolução aprovada, os trabalhadores exigem a paragem do processo da nova estrutura orgânica e o respeito e resposta ao abaixo-assinado assinado por 82% dos trabalhadores da Palmela. Na íntegra, a resolução aprovada tem o seguinte teor:
Resolução
Atendendo aos desenvolvimentos recentes da actuação do conselho de gestão, traduzido em represálias sobre trabalhadores que assinaram o abaixo-assinado, onde repudiam o dito "Documento Estratégico" que põe em causa os seus direitos e no desrespeito pela orientação do executivo municipal da C.M. Palmela que passamos a citar: " a proposta não está em condições de merecer o nosso parecer favorável, pois o articulado apresenta no atr.º 6º uma densificação de matérias reportadas a progressões, promoções, avaliação de desempenho e duração semanal de trabalho, as quais, deverão ser objecto de negociação entre associação sindical e entidade empregadora, no seio da contratação colectiva, sob pena de uma decisão unilateral por parte da empresa poder consubstanciar violação de lei por desvio de poder". "...Creio estar esclarecida a posição do município, pelo que aguardamos que o diálogo e a negociação sejam retomados pelas partes", demonstrativa da continuação do comportamento de desprezo e arrogância contra os trabalhadores e que unidos e determinados em luta pelos postos de trabalho, pelas carreiras dignificadas e os seus conteúdos compatíveis com as funções exigem:
1- A paragem do processo da nova estrutura orgânica em curso onde se extingue o posto de director de piscina, como represália que subverte a negociação do A.E. prevista para dia 28/06/16.
2- Respeito e resposta ao abaixo-assinado de 22 de Abril de 2016 assinado por 82% dos trabalhadores da Palmela Desporto nomeadamente quando exigem:
A) A renegociação do Acordo de Empresa que está nas mãos do Conselho de Gestão onde constam matérias de relevante interesse de obrigações e deveres da empresa e dos trabalhadores em matérias como organização dos tempos de trabalho, horários, conteúdos funcionais, carreiras profissionais, remunerações e progressões da carreira entre outras;
B) Repudiam e não querem ver aplicado o "Desenho estratégico, estrutura orgânica e quadro de pessoal" aprovado pelo conselho de gestão em 14 de Abril de 2016 que visa a desregulamentação horária, promove a polivalência funcional, altera substancialmente conteúdos funcionais, elimina carreiras e cria outras, agrava e condiciona os tempos de progressão nas carreiras, entre outras matérias;
3- O respeito pelos trabalhadores pela sua liberdade de expressão e sindical.
Uma vez que o conselho de gestão, não se dignou a receber hoje os trabalhadores, foi aprovada greve de 8 a 14 de Julho, caso continue o Conselho de Gestão a implementar o "Documento Estratégico e a efectuar represálias aos trabalhadores".