Randstad insiste em salários de miséria

randstad2Os trabalhadores da Randstad dos CallCenters da EDP decidiram fazer greve dias 20 e 21 de Junho. Esta manhã, realizaram uma concentração e plenário, às 9h00, em frente à sede da Randstad (Avª da República nº 26, no Saldanha)

Desde 2012 que os trabalhadores reclamam um aumento de €1,00 por dia para melhoria do vencimento, assim como a melhoria do subsídio de alimentação, até mesmo, por forma a uniformizar as várias diferenças existentes (5,00€, 5,25€, 5,40€, 5,75€ e 6,00€).

O SIESI tem vindo ao longo de vários meses a reunir com a administração, antes do final de 2015, para discutir as matérias apresentadas em Caderno Reivindicativo. Ao longo desse tempo, a Randstad sempre salientou que o único fator influente era o resultado da adjudicação do contrato com a EDP e, deste modo, a manutenção das operações nos Callcenters EDP. Tendo desde final de 2015 rejeitado qualquer melhoria dos salários, vem agora, mesmo após a adjudicação do contrato, apresentar propostas insuficientes e até mesmo de falta de respeito e desvalorização do trabalho realizado nos Callcenters EDP.

Valemos mais que 0€, 9€ ou 1€. O nosso trabalho é valorizado pelo Vencimento Mensal / Valor Hora e não pelo subsídio de alimentação em cartão que não serve para pagar a deslocação para o trabalho ou outras responsabilidades e satisfazer necessidades básicas, que nos confiram um mínimo de qualidade de vida. Os trabalhadores da HC Espanha, consideram insuficiente a proposta patronal e vão estar na luta com os restantes trabalhadores.

A Moção dos trabalhadores foi rejeitada pela Randstad. A administração apresentou uma proposta de valores muito inferiores aos decididos pelos trabalhadores e muito aquém da disponibilidade financeira da Randstad para melhorar as nossas condições de trabalho.

O SIESI ainda apresentou várias propostas à Randstad, a última das quais consistia numa distribuição dos recursos financeiros, que a própria administração afirmou ter disponíveis, contemplando aumentos salariais em todos os escalões. Mesmo esta proposta foi rejeitada pela administração que se limitou a apresentar contrapropostas ainda inferiores.

Neste contexto em que a administração se apresentou sempre com uma atitude anti negocial e com a intenção expressa de manter o baixo nível das retribuições, não nos resta outro caminho que não seja o de expressarmos, pela greve, o nosso protesto e a nossa exigência do direito a melhores condições de vida e de trabalho.

fonte: SIESI