Após a greve nos dias 9 e 12 de dezembro, os trabalhadores da Silos de Leixões reuniram em plenário, no dia 13 de dezembro, para fazerem um balanço das suas ações de luta e discutirem os próximos passos, deliberando o seguinte (transmitido por carta à administração da empresa):
1. Congratular-se pela efetividade da greve, demonstrando inequívoca união entre os Trabalhadores, o que reafirma a justeza da sua luta, bem como a efetiva necessidade de se proceder à valorização dos seus salários e aplicação de contratação coletiva;
2. Condenar as ações de atropelo à lei da greve, patente na substituição de trabalhadores da sala de comando, em greve, em clara posição ilegal, solicitando à sua denúncia através do Sindicato, às autoridades competentes;
3. Censurar a conduta da empresa ao processar o pagamento de valores não declarados a Trabalhadores subcontratados para trabalhar aos fins de semana, em tentativa grosseira de combater a greve dos trabalhadores ao trabalho suplementar, em vigor desde setembro;
4. Voltar a propor reunião entre os representantes sindicais e a Administração da empresa, a breve prazo, reafirmando a representatividade dos Trabalhadores no SINTAB, por escolha óbvia e declarada, a fim de se abrir espaço à resolução pacífica do diferendo laboral que atravessamos, por acordo que se apresente vantajoso para os Trabalhadores e satisfaça as suas reivindicações;
5. Reforçar a luta dos Trabalhadores no caso de a empresa persistir na oposição à negociação e diálogo, chamando o Grupo Champallimaud à responsabilidade, bem
como os Ministérios do Trabalho e da Economia, exigindo o cumprimento das obrigações laborais no que diz respeito ao direito à contratação coletiva e aos diversos direitos dos Trabalhadores;
6. Questionar publicamente o contínuo e excessivo recurso a mão de obra subcontratada para funções num edifício de perigosidade elevada, como os Silos do Porto de Leixões, promovendo o envolvimento das autoridades locais no âmbito da Proteção Civil;
7. Levar a luta para a rua, denunciando à sociedade local, e nacional, a crueldade e desvalorização humana que, quer a Administração da Silos de Leixões, quer o Grupo Champallimaud, empregam no tratamento aos seus Trabalhadores.
Fonte: SINTAB