Os trabalhadores da Exide, única fábrica de baterias em Portugal, organizados no SIESI, exigem o direito à reforma antecipada sem penalizações, de forma a poderem usufruir das suas vidas e das suas reformas de forma digna e com qualidade. Está lançada uma petição.
Na Exide (antiga Tudor), empresa multinacional que fabrica baterias, em Castanheira do Ribatejo (Vila Franca de Xira), cerca de 450 trabalhadores laboram todos os dias com produtos e agentes químicos e tóxicos, como o chumbo (e o pó de chumbo), a lã de vidro ou o ácido sulfúrico. Estes produtos estão na origem de diversos problemas de saúde graves, tanto doenças crónicas como agudas e prolongadas.
A utilização de equipamentos de protecção individual minora os riscos inerentes à exposição àqueles produtos e matéria-primas, mas não elimina esses riscos.
Comprovam-no os muitos casos de trabalhadores, com mais idade, que falecem devido a problemas de saúde com esta origem, após se reformarem ou ainda antes disso.
Os trabalhadores decidiram, em plenário, avançar com uma campanha de exigência da redução da idade da reforma. À semelhança das lutas desenvolvidas pelos trabalhadores mineiros e das pedreiras, confiam que lhes será reconhecido esse direito.
Petição a crescer
A campanha iniciou-se com o lançamento de uma petição, para levar a Assembleia da República a discutir esta justa reivindicação.
Foram já recolhidas algumas centenas de assinaturas, em papel, junto dos trabalhadores da fábrica e entre a população do concelho.
Uma petição online foi criada mais recentemente e deve ser assinada aqui por todos os que apoiam a antecipação da idade de reforma para os trabalhadores da Exide.