A Pousada Barão Forrester de Alijó era gerida pelo Grupo Pestana Pousadas, que transmitiu a sua exploração para a sociedade Rui Sousa – Turismo, Lda.
Na altura, foram assegurados por ambas as empresas os direitos dos trabalhadores e a adquirente do estabelecimento Rui Sousa Ld.ª comprometeu-se a cumprir o Acordo de Empresa das Pousadas de Portugal aos trabalhadores transmitidos e a aplicar o CCT da Hotelaria aos novos trabalhadores.
Acontece que a empresa não cumprir nem uma coisa nem outra.
O sindicato apresentou um caderno reivindicativo à empresa para entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2022, ao qual a empresa nem respondeu sequer. O sindicato requereu uma reunião no Ministério do Trabalho. Decorreu um processo negocial que foi encerrado sem acordo.
A empresa recusou cumprir a tabela salarial em vigor nas Pousadas de Portugal e recusou qualquer aumento salarial. Além disso, veio-se a verificar que a empresa nem sequer cumpre o CCT para a hotelaria em vigor para os demais trabalhadores.
Não há nenhuma razão para a empresa não dar aumentos salariais e muito menos para não cumprir o CCT em vigor.
Recorde-se que o setor vive uma excelente situação. De acordo com os dados do INE, os proveitos totais aumentaram 53,6% para 797,0 milhões de euros e os proveitos de aposento atingiram 639,0 milhões de euros, refletindo um crescimento de 54,9%. Comparando com dados de agosto de 2019, registaram-se aumentos de 24,9% e 25,7%, nos proveitos totais e de aposento, respetivamente.
O sindicato já requereu intervenção da inspeção do trabalho e vai promover uma reunião de trabalhadores para decidir outras medidas de luta a adotar.
Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte