Dia 21 de Outubro é dia de luta dos trabalhadores do sector social!
O NOSSO TRABALHO É MÁXIMO E O NOSSO SALÁRIO É O MÍNIMO!
Trabalhadores das IPSS's, Misericórdias e Mutualidades têm razões de sobra para aderir à greve!
Quem trabalha numa IPSS sabe que os aumentos salariais dos últimos anos não repõem o poder de compra nem valorizam o seu trabalho. Acresce ainda o facto de, desde 2017, que aos aumentos não têm efeitos retroactivos a Janeiro, penalizando a generalidade dos trabalhadores.
Este ano, mais uma vez, a CNIS vem propor que os salários sejam aumentados apenas a partir de Julho e que todos os trabalhadores do apoio fiquem com salários abaixo de 760€ e não aceitam assumir o compromisso de que em Janeiro de 2023 todos os trabalhadores do sector serão aumentados e valorizados face à subida do SMN.
Não aceitamos! Exigimos valorização da nossa carreira profissional!
Em 2009, uma ajudante de acção directa de 1ª recebia 106€ acima do valor do SMN. A proposta da CNIS é que em 2022 esta trabalhadora receba apenas 41€ acima do SMN.
A luta é o caminho!
Não aceitamos que a nossa profissão seja desvalorizada.
Exigimos o aumento dos salários, a valorização das carreiras profissionais e a garantia da vigência do Contrato Colectivo de Trabalho a Janeiro.
Nas Santas Casas de Misericórdia os trabalhadores são ainda mais desvalorizados.
Aos trabalhadores das Misericórdias é dito que, embora trabalhem de forma igual aos das IPSS's, não têm os mesmos direitos nem salários que eles.
Isto porque o Governo PS ainda não teve na sua "breve" governação de 7 anos, tempo para emitir uma portaria de extensão que põe todos os trabalhadores do sector social ao mesmo nível. Nivelar por cima é preciso.
Os Trabalhadores da União das Misericórdias Portuguesas foram confrontados com uma proposta de “aumento salarial” para os ajudantes de lar nos seguintes moldes:
Salário de entrada – 717€
Salário para trabalhadores com mais de 25 anos de antiguidade – 729€ (12€ acima dos salários dos trabalhadores que acabam de entrar).
Uma vergonha a desvalorização profissional que a UMP pretende impor aos seus trabalhadores.
O CESP e os trabalhadores das Santas Casas de Misericórdia e da UMP não aceitam isto!
As Mutualidades pretendem retirar direitos aos trabalhadores e não aplicar o CCT para os Trabalhadores das IPSS’s.
É inadmissível que trabalhadores com dezenas de anos de trabalho nas mutualidades continuem a receber o salário mínimo nacional, sem qualquer valorização do seu trabalho.
À boleia da ideia de que iriam negociar um CCT para os Trabalhadores das Mutualidades, as instituições deixaram de aplicar o CCT das IPSS’s a que estão obrigados e que será sempre o ponto de partida para os direitos a integrar num CCT a negociar.
Não aceitamos:
- A retirada de subsídios de turno;
- O não aumento dos salários;
- O pagamento de diuturnidades com valor inferior a 21€;
- Cargas horárias superiores a 37h semanais para os ajudantes de acção directa, etc.
Dia 21 de Outubro é dia de luta de todos os trabalhadores do sector social.
É dia de unidade de todos os trabalhadores deste sector.
O CESP emitiu um pré-aviso de greve para este dia e terá 3 concentrações:
11 horas – Junto à CNIS no Porto (Trabalhadores dos Distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real e Bragança, Aveiro e Coimbra)
11 horas – Junto à UMP em Lisboa (Trabalhadores de todos os outros Distritos)
FONTE: CESP