Num comunicado distribuído à população e aos clientes do sector hoteleiro, o Sindicato de Hotelaria do Centro denuncia os baixos salários, os horários longos e instáveis e ritmos de trabalho demasiado intensos.
Aos clientes
À população
Os hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares pagam salários muito baixos.
Centenas de milhares de trabalhadores do setor recebem apenas o Salário Mínimo Nacional de 705€.
Além disso, as empresas não valorizam o trabalho prestado em dia feriado e ao fim de semana.
Os horários de trabalho praticados no setor são muito longos e instáveis, não assegurando a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores
Devido à falta de trabalhadores nas diversas secções, os ritmos de trabalho são muito intensos e põem em causa, de forma grave, a saúde dos trabalhadores e a qualidade de serviço.
Apesar do grande crescimento de turistas, de dormidas e de receitas, as associações patronais e as empresas recusam negociar a contratação coletiva, negociar melhores salários, carreiras profissionais e condições de trabalho dignas.
As empresas queixam-se da falta de mão de obra, mas não absorvem os formandos das escolas hoteleiras, reclamam junto do Governo a abertura de corredores de imigrantes, mas não garantem formação profissional em técnicas hoteleiras e línguas portuguesa e inglesa, nem contratos como efetivos para os imigrantes.
Com a vinda de imigrantes à força, as empresas o que querem é manter esta política de mão de obra barata, aumentar ainda mais precariedade e pôr em causa os direitos e a qualidade de serviço.
Por isso, estamos em luta por melhores salários, melhores horários, defesa dos direitos, carreiras profissionais e condições de trabalho dignas.
Pedimos o seu apoio e a sua solidariedade. Obrigado!
Agosto de 2022 A Direção
Addressing customers
And public in general
Hotels, restaurants, cafes, pastry shops and similar establishments pay very low wages.
Hundreds of thousands of workers receive only by the national minimum wage - €705.
In addition, companies don’t value work done on holidays and weekends.
Working hours are very long and unstable, not ensuring the conciliation of professional activity with workers’ personal and family life.
Due to the lack of workers in various sectors, work rhythms of very intense and pose a serious threat to workers’ health, as it also affects the quality of services.
Despite the large growth of tourists, overnight stays and revenues, employers’ associations and companies refuse to negotiate collective bargaining, better wages, professional careers and decent working conditions.
Companies complain about the lack of labour force but don’t absorb trainees from hotel schools; they demand the government to open migration corridors but don’t guarantee professional training in hospitality management nor in Portuguese or English language skills; and, mostly, they don’t assure permanent working contracts for immigrants.
With the arrival of immigrants by force, companies want to maintain their low wage policies, which increases precariousness even more and jeopardizes their rights, with direct result in the quality of services.
Therefore, we are struggling for better wages, better working hours, defence rights, professional careers and decent working conditions.
We ask for your support and solidarity. Thank you!
August 2022 The Board
Fonte: Sindicato de Hotelaria do Centro