Trabalhadores do sector têxtil em luta pelo aumento dos salários

É URGENTE QUE AS EMPRESAS PERCEBAM O DESCONTENTAMENTO GERAL DEMONSTRATDO PELOS TRABALHADORES NO DIA 22 DE JULHO

No seguimento dos plenários realizados antes do período de férias e, após a greve (grande jornada de luta, em que os trabalhadores demonstraram o seu descontentamento), realizada a 22 de Julho, as empresas foram novamente chamadas a dar respostas às pretensões dos trabalhadores.

Damos conta que apenas 1 empresa deu resposta aos ofícios do sindicato, sendo que não vem de encontro às exigências que os trabalhadores fazem. No Grupo Paulo de Oliveira, como é hábito, nem sequer responderam aos ofícios remetidos.

Assim, iremos mais uma vez avançar com a realização de plenários nas empresas (Tessimax -22 de Setembro, Paulo de Oliveira – 26 de Setembro, Haco – 28 de Setembro e Penteadora – 29 de Setembro), para continuarmos com a luta reivindicativa pelo aumento dos salários, dando enfoque primordial ao aumento do subsídio de alimentação.

Nos últimos meses, nomeadamente em Julho vieram altos responsáveis do grupo Paulo de Oliveira mais uma vez referir que têm falta de mão-de-obra, o que não é verdade e chega a ser referido nas empresas que o futuro do setor são os trabalhadores de outras Nacionalidades.

Estes também são trabalhadores, e não colocamos em causa a sua integração, não podemos é admitir que venham dizer ter falta de mão-de-obra e no mês de Agosto os trabalhadores que terminavam os seus contratos, onde maioritariamente estavam a terminar o contrato de 1 ano, não viram o seus contratos ser renovados e foram enviados para o desemprego, alguns ainda nem direito a prestação do subsídio de desemprego adquiriram, ficando sem qualquer meio de subsistência e, no dia imediatamente a seguir à não renovação desses contratos, entraram por via de empresas de trabalho temporário 13 trabalhadores de outras Nacionalidades.

Esta situação é imoral, não se admite que uma empresa que constantemente refere que tem falta de mão-de-obra, proceda desta forma com os trabalhadores.

Já o dissemos e voltamos a dizer, estão a destruir o sector.

As actualizações salariais em 2022 resultantes da negociação dos Contractos Colectivos de Trabalho ou ainda os que viram apenas a serem-lhes aplicado a actualização referente ao aumento do SMN, foram insuficientes para compensar as perdas que resultaram do crescimento galopante da inflação e não correspondem aos excelentes resultados das exportações registados até ao mês de Julho, pelo que:

Voltamos a dizer É URGENTE que as empresas percebam o descontentamento geral e respondam positivamente ao aumento do subsídio de alimentação e à valorização das categorias profissionais.

Basta de Salários Baixos! Exigimos Salários Dignos!

Exigimos Respeito pelas nossas Profissões!

Em Defesa Direitos Laborais!

UNIDOS SOMOS MAIS FORTES!

Fonte: SINDICATO DOS TRABALHADORES DO SECTOR TÊXTIL DA BEIRA BAIXA