A Schnellecke Logistics que opera nas instalações da Continental Mabor em Lousado, Vila Nova de Famalicão, iniciou um despedimento colectivo de 12 trabalhadores.
Estes 12 trabalhadores, como assume a própria empresa, são trabalhadores que têm salários acima do salário mínimo, fruto da luta que desenvolveram no passado e de negociações com as empresas que antecederam esta.
Na prática, o que a Schnellecke pretende, é despedir para manter uma estratégia de precarizar as relações de trabalho e baixar salários para os mínimos legais.
Argumenta a empresa que estará a passar por dificuldades, o que não deixa de ser caricato tendo em conta que esta opera nas instalações e para a Continental Mabor e que esta tem mantido, apesar dos condicionamentos dos últimos anos no sector, níveis altos de produção e lucro.
A Schnellecke não está a reestruturar a empresa por dificuldades, está sim, a perseguir cirurgicamente os trabalhadores que lutam por melhores condições de trabalho usando a legislação laboral para precarizar ainda mais as relações laborais, baixar os salários e assim aumentar ainda mais a exploração.
A substituição imediata dos trabalhadores que agora enfrentam a tentativa de despedimento por trabalhadores temporários demonstra bem, a intenção e o carácter deste despedimento.
A Schnellecke instrumentaliza a legislação em vigor no Estado de Direito para perseguir trabalhadores e tal, terá a resistência e a luta dos visados e de todos os que com eles se solidarizam.
O Site Norte já está a acompanhar, a organizar e a defender os trabalhadores afectados e condena veementemente esta acção persecutória por parte de uma empresa multinacional.
Fonte: SITE-Norte