O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte está a realizar ações de protesto e de sensibilização dos clientes dos hotéis do Porto para a situação social que vive o setor com distribuição de comunicado à porta em inglês e português.
Estas ações prosseguem amanhã de manhã, a partir das 8:30 horas, à porta do Porto Palácio Hotel, Sheraton Porto Hotel Crowne Plaza Porto Hotel.
Estas ações sindicais culminarão com uma arruada/manifestação junto dos hotéis, cafés e restaurantes do Porto, na próxima sexta-feira, a partir das 9:30 horas, com inicio na Praça da Ribeira no Porto e concentração à porta da Câmara Municipal do Porto, pelas 11:30, onde será dada um Conferência de Imprensa.
Os patrões sentiram-se incomodados com a presença dos sindicalistas à porta, e tentaram, sem sucesso, afastar os dirigentes sindicais da porta. Na Praça da Batalha, um dos hotéis chamou a PSP para tentar a sua sorte e afastar os sindicalistas, mas também neste caso prevaleceu o direito à atividade sindical.
O sindicato reclama melhores salários, melhores horários, negociação da contratação coletiva, fim dos ritmos de trabalho intensos, fim da precariedade, contratação de mais trabalhadores, carreiras profissionais dignas, valorização do trabalho ao fim de semana e feriados e o respeito pelos direitos dos trabalhadores constantes da contratação coletiva.
Fonte:Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte
Aos clientes
À população
Os hotéis, restaurantes, cafés, pastelarias e similares pagam salários muito baixos.
Centenas de milhares de trabalhadores do setor recebem apenas o Salário Mínimo Nacional de 705€.
Além disso, as empresas não valorizam o trabalho prestado em dia feriado e ao fim de semana.
Os horários de trabalho praticados no setor são muito longos e instáveis, não assegurando a conciliação da atividade profissional com a vida pessoal e familiar dos trabalhadores
Devido à falta de trabalhadores nas diversas secções, os ritmos de trabalho são muito intensos e põem em causa, de forma grave, a saúde dos trabalhadores e a qualidade de serviço.
Apesar do grande crescimento de turistas, de dormidas e de receitas, as associações patronais e as empresas recusam negociar a contratação coletiva, negociar melhores salários, carreiras profissionais e condições de trabalho dignas.
As empresas queixam-se da falta de mão de obra, mas não absorvem os formandos das escolas hoteleiras, reclamam junto do Governo a abertura de corredores de imigrantes, mas não garantem formação profissional em técnicas hoteleiras e línguas portuguesa e inglesa, nem contratos como efetivos para os imigrantes.
Com a vinda de imigrantes à força, as empresas o que querem é manter esta política de mão de obra barata, aumentar ainda mais precariedade e pôr em causa os direitos e a qualidade de serviço.
Por isso, estamos em luta por melhores salários, melhores horários, defesa dos direitos, carreiras profissionais e condições de trabalho dignas.
Pedimos o seu apoio e a sua solidariedade. Obrigado!
Porto, agosto de 2022 A Direção