Grupo Estoril Sol discrimina trabalhadores

GRUPO ESTORIL SOL DISCRIMINA OS TRABALHADORES DO CASINO DA PÓVOA DE VARZIM

O sindicato apresentou à Varzim Sol, concessionária da zona de jogo da Póvoa, que pertence ao Grupo Estoril Sol, que detém os casinos do Estoril e Lisboa, uma proposta de aumentos salariais para os trabalhadores do Casino da Póvoa para 2022. A primeira reação da empresa foi de recusa de qualquer aumento salarial.

O sindicato não se conformou com a situação e requereu a conciliação ao Ministério de Trabalho. No decorrer da conciliação, a empresa apresentou uma proposta de aumentos salariais de 1,5%, como proposta máxima.

O sindicato recusou a proposta por considerar a mesma manifestamente insuficiente e apelou à empresa para alterar a sua proposta, chamando a atenção que nos casinos de Estoril e Lisboa o Grupo Estoril Sol garantiu um aumento mínimo de 30 euros, apelou ainda a um aumento expressivo das demais cláusulas pecuniárias, em particular do subsídio de Turno.

Na segunda e ultima reunião e conciliação realizada no passado dia 6 do corrente a empresa informou que a Comissão Executiva decidiu não alterar a sua proposta.

O sindicato informou que não concorda e não se conforma com esta decisão injusta da empresa, e por isso decidiu requerer a medição.

Recorde-se que os trabalhadores do jogo bancado perderam mais de 10 mil euros no período de pandemia e que até agora não receberam nenhum apoio, quer da empresa que recebeu apoios do Estado quer do Governo que também foi insensível aos problemas dos trabalhadores.

OBRIGAR UM TRABALHADOR A PERMANECER NO LOCAL DE TRABALHO SEM TRABALHO PRODUTIVO CONFIGURA A PRÁTICA DE ASSÉDIO LABORAL

No decorrer deste processo negocial, já na fase de conciliação no Ministério do Trabalho, o sindicato chamou a atenção da empresa para o facto de esta estar a obrigar os trabalhadores do jogo bancado a cumprirem o horário sem ocupação efetiva na entrada e na saída diária, entre 30 e 45 minutos, por vezes uma hora, reclamando a alteração desta norma por ser ilegal e por poder configurar a prática de um crime de assédio laboral, previsto e punível por Lei.

Não obstante a chamada de atenção do sindicato, a empresa decidiu manter a situação dizendo que os trabalhadores têm de cumprir o horário, mesmo que seja improdutivo, pelo que o sindicato vai acionar os mecanismos legais.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte