Para negociar e melhorar produção parou na AAPICO

Os trabalhadores da AAPICO Águeda fizeram greve, durante 24 horas, no dia 7, com uma adesão acima dos 90 por cento, no decorrer dos três turnos, na produção, que parou completamente, como informou o SITE Centro-Norte. Querem negociar a valorização dos salários e das categorias e melhorar as condições laborais.

Na AAPICO Águeda (antiga Sakthi Portugal, adquirida no final de 2019 pela multinacional tailandesa) é exigido:

- aumento salarial de 50 euros para todos;

- aumento de cinco por cento no subsídio de turno;

- abertura de concursos internos de progressão, para dar a todos os trabalhadores oportunidade de evolução profissional;

- correcção das categorias profissionais atribuídas a alguns trabalhadores;

- melhoria das condições de Segurança e Saúde no trabalho, resolvendo problemas levantados há muito tempo.

Trata-se, por exemplo, de reivindicações como a abertura da enfermaria e posto médico durante 24 horas, a melhoria dos balneários, atribuição de mais e maiores cacifos, atribuição de óculos graduados de proteção a trabalhadores com essa necessidade, ou aumento do número de máquinas de água, pois as existentes são insuficientes.

Numa nota que o SITE Centro-Norte enviou à comunicação social, recorda-se que, em várias reuniões da Comissão Sindical com os responsáveis patronais, só houve resposta em relação ao aumento salarial, mas mesmo este ficou aquém das expectativas dos trabalhadores: 25 euros e apenas para os trabalhadores efectivos, deixando de fora os que têm contratos precários.

O sindicato sublinha que os trabalhadores da AAPICO Águeda são merecedores de reconhecimento, pelo seu insubstituível contributo para o êxito desta unidade fabril, e defende que é tempo de a administração abrir espaço ao diálogo, para que se possa criar condições de aproximação às reivindicações dos trabalhadores.

FONTE: FIEQUIMETAL