Com a jornada de luta de 30 de Junho, incluindo greve por 24 horas, ficou bem demonstrado o profundo descontentamento dos trabalhadores relativamente à política de estagnação salarial adoptada no Grupo AdP, em contraste com os mais de 415 milhões de euros de lucros obtidos entre 2018 e 2021. A luta vai prosseguir.
Os trabalhadores das empresas do Grupo Águas de Portugal (AdP), organizados nos sindicatos SITE Norte, SITE Centro-Norte, SITE CSRA, SITE Sul e STAL, aderiram em força à maior greve dos últimos anos no Grupo ADP.
Nas primeiras horas desta acção nacional de luta, logo nos turnos da noite, registou-se o encerramento da generalidade das estações de tratamento de águas (ETA) e de águas residuais (ETAR) por todo o País. Nas estações que funcionaram, o serviço foi assegurado por trabalhadores em greve, a cumprir os serviços mínimos.
Houve igualmente forte adesão noutros sectores, como a prevenção, a manutenção, a medição, o laboratório, o apoio ao abastecimento e alguns serviços administrativos.
Durante a manhã ocorreram concentrações e desfiles em Lisboa, em Vila Real, em Aveiro, em Coimbra e em Portalegre.
Os trabalhadores deram um forte sinal de rejeição da actual política de estagnação salarial, e mostraram que estão determinados a prosseguir, desenvolver e ampliar todas as formas de luta – incluindo novas greves –, que se mostrem necessárias para a concretização das suas justas reivindicações, como se afirma na resolução aprovada nas concentrações.