Centenas de representantes dos trabalhadores de empresas multinacionais das indústrias farmacêutica, de material eléctrico e electrónico e gráfica vão deslocar-se no dia 7, terça-feira, até junto das sedes das associações patronais destes sectores, com o propósito de exigirem aumentos salariais que permitam fazer face ao aumento do custo de vida.
Os sectores de actividade em causa acumularam, nos últimos anos, milhões e milhões de euros e não fizeram reflectir nos salários parte dos lucros obtidos, como refere a Fiequimetal, numa nota à comunicação social sobre esta jornada.
Estamos na presença de multinacionais, designadamente da indústria farmacêutica, que nunca conheceram períodos de crise, com particular destaque para o período da epidemia da COVID-19.
Até aí, já registavam lucros colossais, aos quais acresceu o facto de terem sido beneficiárias de colossais apoios públicos.
Trata-se de sectores em que, na generalidade das empresas, os salários-base ainda não atingiram, em média, os 900 euros.
No centro das reivindicações, a apresentar amanhã em cada associação patronal, estão: um aumento salarial em 90 euros, a valorização das carreiras profissionais e a melhoria das condições de trabalho, especialmente nos regimes de turnos.
Roteiro
Este roteiro, inserido na Acção de Luta Nacional que a CGTP-IN está a promover em Junho, tem início às 11 horas, com um desfile, em Algés, para a sede da Apifarma (Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica), situada na Avenida Dom Vasco da Gama, 34.
O roteiro será retomado pelas 14h00, no início da Avenida Guerra Junqueiro (junto à Alameda Dom Afonso Henriques), seguindo para a sede da ANIMEE (Associação Portuguesa das Empresas do Sector Eléctrico e Electrónico), no n.º 11. A deslocação prosseguirá em direcção à sede da Apigraf (Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel), no Largo do Casal Vistoso.