As lutas que os trabalhadores da EDP desenvolveram levaram a administração a passar de uns míseros 0,5 por cento ao valor miserável de 1,5 por cento. A Fiequimetal, que defendeu um aumento mínimo de 40 euros, não deu o seu acordo e exige negociar desde já as matérias pendentes.
A federação anunciou, numa informação aos trabalhadores, que não acordou com a administração as tabelas que esta propôs e que outras estruturas aceitaram.
Para honrar as lutas travadas pelos trabalhadores - a greve e a concentração realizadas a 6 de Abril e o abaixo-assinado com centenas de subscritores - a Fiequimetal não deu o seu acordo à última proposta patronal e colocou em cima da mesa a necessidade de um aumento mínimo de 40 euros.
Este iria abranger os trabalhadores colocados em todas as BR (bases remuneratórias de profissionais qualificados, altamente qualificados e quadros médios) e até à letra J (nas categorias de quadros superiores).
A administração preferiu chegar a acordo com outros e deixar o salário de entrada na EDP mais próximo do salário mínimo nacional.
Continua a ser verdade e a merecer justo protesto a clara desproporção entre estas migalhas, destinadas aos trabalhadores, e o bodo oferecido ao capital, relativo a 2021: com lucros superiores a 800 milhões de euros, os dividendos pagos aos accionistas passaram os 700 milhões de euros, e ainda houve cerca de 10 milhões de euros para os membros do Conselho de Administração Executivo!