Comissão executiva abre guerra aos trabalhadores

O SITAVA teve ontem conhecimento, pela comunicação social, de uma decisão que teria sido já tomada, na CE, de destruir definitivamente a TAP, segmentando-a ao jeito da BCG – outra vez a BCG de má memória – que foi sonegada aos trabalhadores e seus representantes, tentando quebrar assim aquilo que de mais importante tem uma empresa: a unidade dos seus trabalhadores, o seu espírito de grupo, a “camisola” como muitas vezes dizemos.

Foi efetivamente através da imprensa, que soubemos que os trabalhadores da TAP vão uns para cada lado. Ou seja, os trabalhadores de bordo por inerência da sua atividade já pouco se deslocavam ao reduto e agora, pensam eles, Comissão Executiva, e Governo da República, que chegou o momento de arrasar a histórica representação sindical dos trabalhadores da TAP, ao planear a sua retirada do reduto e parti-los em pedaços.

Mas pensarão estes Senhores que os trabalhadores se vão ficar com decisões desta natureza, tomadas levianamente nas suas costas que, a concretizar-se, teriam um impacto brutal nas suas vidas? Ainda por cima “fundamentadas” em verdadeiros embustes?

Pensarão estes Senhores, Conselho de Administração, Comissão Executiva e Governo que pelo facto de haver uma maioria absoluta na Assembleia da República, e por, eventualmente pensarem que os trabalhadores estão fragilizados e sem direção de luta, que concretizarão tais medidas, para mais fácil vender a TAP a retalho a um dos nossos, vários e desinteressados, amigos?

Desenganem-se. Sejam que Gestores forem, portugueses, franceses, ingleses, alemães, espanhóis ou outros, os trabalhadores da TAP jamais entregarão os seus direitos arduamente conquistados com muita luta e sacrifício ao longo de muitos anos. Jamais entregarão a sua representação sindical que foi e continuará a ser o garante que esses direitos tão arduamente conquistados serão defendidos. E não vale a pena ignorarem-nos.

Em relação ao Governo da República, que nos tempos da pandemia nos impôs as “draconianas” medidas de cortes nos salários que ainda estamos a sofrer, diremos apenas: Como tudo indica está a formar-se a “tempestade perfeita” sobre a atividade nos aeroportos nacionais, e daqui proclamamos que podem contar com o SITAVA para que, se a isso formos obrigados, acelerar esses ventos tempestuosos que se avizinham, não excluindo nenhuma forma de luta.

Os trabalhadores de terra da TAP, que representamos, são gente de bem e não “carne para canhão” e podem estar seguros de que esta será apenas mais uma luta vitoriosa do SITAVA sempre na defesa dos mais elementares direitos dos seus associados e dos trabalhadores em geral.

Fonte: SITAVA