A intenção de despedimento colectivo de seis trabalhadores da Carl Zeiss Vision Portugal, entre eles dois delegados sindicais, constitui um atentado à segurança e estabilidade no emprego, um desrespeito para com todos os trabalhadores da empresa e um ataque à organização sindical.
O despedimento não é colectivo, é selectivo!
Foi concebido e programado para despedir delegados sindicais e trabalhadores que se opõem, fundamentadamente, à imposição da laboração contínua pretendida pela empresa há mais de 1 ano.
As razões económicas invocadas estão longe de corresponder à realidade e às mais-valias acumuladas pela empresa, para além de ter ainda beneficiado de ajudas do Estado português, recentemente, através do lay-off simplificado.
A Carl Zeiss não tem trabalhadores a mais; tem é trabalhadores a menos, com recurso regular ao trabalho extraordinário e ao trabalho temporário.
Estamos perante uma situação de evidente má-fé e de uma atitude hipócrita, cínica, imoral, anti-sindical e a todos os títulos condenável, que merece não só a reprovação como a rejeição por parte dos trabalhadores, dos seus representantes sindicais e do Governo que tem a responsabilidade de travar este processo em curso.
FONTE: FEVICCOM - FEDERAÇÃO PORTUGUESA DOS SINDICATOS DA CONSTRUÇÃO, CERÂMICA E VIDRO SINDICATO DOS TRABALHADORES DA INDÚSTRIA VIDREIRA