Realizou-se hoje uma reunião de negociação para a revisão do ACT, em que a Comissão Sindical Negociadora do SNTSF/FECTRANS e da Federação dos Sindicatos da Função Pública (conjuntamente com todas as outras organizações) declarou que a propostas do governo/IP podiam ser a base de um acordo, com três pressupostos, que não foram aceites, não havendo acordo.
Na reunião o governo/IP, apresentou a seguinte proposta:
- Aumento dos salários:
- Salário mínimo nas empresas do grupo IP – 715€;
- Acima deste valor e até aos 1.000€ - 20€ de aumento;
- Acima dos 1.000€ até aos 2,000€ - 15€ de aumento;
- Acima dos 2.000€ - 10€ de aumento.
- Subsídio de refeição –7,63€ o que significa mais 0,13€.
- Alargamento das horas de viagem a outras categorias não contempladas no ACT
No entanto todas estas matérias, em caso de acordo, só seriam implementadas após a aprovação do próximo OE – Orçamento do Estado, com retroactivos a Janeiro de 2022;
Todas as organizações apresentaram uma posição comum, nos seguinte termos;
Aceitavam a proposta do governo/IP desde que:
- Ficasse salvaguardado que não haveria nenhum aumento de percentagem inferior ao que já foi implementado na Administração Pública;
- Que em 2022 houvesse o aumento progressivo do subsídio de refeição até ao máximo praticado já nas empresas da IP – 8.12€;
- Que o resultado do acordado fosse implementado no processamento de Fevereiro, com retroactivos a Janeiro de 2022.
Nenhum destes pressupostos foi aceite pelo governo/IP, bloqueando assim qualquer possibilidade de acordo.
O que o governo/IP pretende é remeter um eventual acordo para um quadro de incerteza e se assim é, então que se discuta tudo isto na base da discussão do Orçamento do Estado e cada trabalhador pode dar o seu contributos, com o seu voto, para que se criem as condições para que no futuro, a partir daqui, se negoceiem melhores salários para todos.
Fonte: FECTRANS