Para quando uma EDP que seja Top Employer na valorização dos trabalhadores, interroga a Fiequimetal, num comunicado a alertar que, por detrás dos «globos de ouro», existe a realidade da situação laboral nas empresas do grupo.
Na semana passada (e pelo segundo ano consecutivo), a EDP voltou a receber um prémio do Top Employers Institute.
Para a Fiequimetal, os prémios obtidos até podem valorizar o Grupo EDP, mas os trabalhadores não vivem dos prémios que a administração pode com orgulho exibir.
Os trabalhadores vivem do valor que é pago pelo seu trabalho, como foi expresso com os 56% de descontentes no estudo de clima organizacional.
Depois de recordar os slogans, difundidos massivamente durante a fase mais apertada da epidemia, afirmando que estavam todos no mesmo barco, a federação assinala que, na verdade, aqueles que estiveram na linha da frente e tudo fizeram para, debaixo do risco, garantir o prestígio da EDP, não vivem de palavras vãs.
É imperativo que a administração Top Employer dignifique este prémio, através do reconhecimento dos trabalhadores que estão em fim de carreira e da valorização dos mais jovens (a quem é preciso garantir uma evolução na carreira condicente com as competências adquiridas).
Seria verdadeiramente Top Employer acabar com os simulacros negociais e assegurar, em 2022:
- A negociação da progressão de carreiras;
- Que seja atribuído a todos os trabalhadores a remuneração por antiguidade;
- A melhoria do valor pago pelo serviço de disponibilidade;
- Um verdadeiro aumento salarial, para enfrentar o aumento do custo de vida que atinge a vida dos trabalhadores;
- Que finalmente se faça o reenquadramento dos trabalhadores que estiverem mal enquadrados.
A federação expressa a expectativa de que, em 2022, ao contrário do ano que passou, a administração honre o prémio Top Employer valorizando quem trabalha.