O Governo deve ponderar a retoma da produção de electricidade nas centrais de Sines e do Pego, para colocar um travão na escalada dos custos da energia, defende a Fiequimetal, lembrando que, em Espanha, uma medida semelhante já foi adoptada em relação a duas unidades termoeléctricas.
Numa conferência de imprensa, na sua sede, a federação mostrou hoje como os encerramentos não tiveram as anunciadas vantagens, nomeadamente ambientais, mas provocaram evidentes e graves prejuízos.
Entre estes, o foco foi colocado na subida descontrolada dos preços, que pesa nos orçamentos dos trabalhadores e das suas famílias, mas também se faz sentir em muitas empresas do âmbito sindical da Fiequimetal.
Para a federação, é possível impedir a subida do preço da electricidade e respeitar os interesses dos trabalhadores.
Há multinacionais em Portugal que já estão a pressionar os trabalhadores para alteração dos horários de trabalho, concentrando a produção nos períodos com tarifários mais baixos.
Não se pode atirar para cima dos trabalhadores a resposta ao problema, como salientou Rogério Silva, coordenador da Fiequimetal. A retoma da produção em Sines e no Pego, até que existam alternativas sólidas àquelas instalações, permite reduzir preços, porque os custos do carvão são bem mais baixos que os do gás natural.