Só com um aumento real e significativo dos salários, os trabalhadores das empresas do Grupo EDP poderão fazer face ao aumento brutal do custo de vida e consequente perda da qualidade de vida, afirma a Fiequimetal, que entregou à administração o caderno reivindicativo para 2022.
Só assim será possível melhorar as condições de vida dos trabalhadores e, simultaneamente, dinamizar a economia nacional, como se afirma no comunicado em distribuição desde dia 13, que contém a proposta de tabela salarial para este ano.
Nesta proposta constam:
- Aumento de três euros por dia (90 euros por mês);
- Redução progressiva do horário de trabalho para 35 horas semanais;
- Incremento de um dia de férias anuais, passando a 25 dias.
Nestas reivindicações reflecte-se o facto de hoje se produzir mais, em menos tempo, graças às novas tecnologias, e também o crescimento do valor acrescentado bruto, criado por cada trabalhador, no Grupo EDP.
Na proposta sindical constam ainda medidas de minimização das discriminações sentidas pelos trabalhadores mais recentes.
Matérias pendentes
Reafirmámos que não vemos necessidade de interrupção nas negociações de outras matérias pendentes, que a federação e os sindicatos exigiram ser discutidas, quando a administração deu por encerrada a negociação salarial de 2021.
Estão em causa, nomeadamente, a avaliação de desempenho e as progressões nas carreiras. Não se pode aceitar que a administração empurre para as calendas gregas a resolução de um problema que afecta todos os trabalhadores da EDP, sujeitos a carreiras com 60 anos.
Nas reuniões de negociação a administração nada de concreto avançou até agora.