No terceiro dia de greve com grande unidade e adesão dos trabalhadores da Amarsul, o Governo mandou as forças policiais pressionarem e intimidarem os piquetes. Ao início da noite, foi forçada a entrada de carros no ecoparque de Palmela, mesmo sem condições para depositar os resíduos.
A pressão contra os trabalhadores em greve e a favor dos interesses patronais teve também a cumplicidade de câmaras municipais, que enviaram carros para tentarem fazer a deposição de resíduos, sabendo que isso extravasa os serviços mínimos decretados e que estão a ser cumpridos.
A irracionalidade e a ilegalidade foram sentidas pelos próprios motoristas dos municípios, que tiveram várias expressões de solidariedade com os trabalhadores da Amarsul.
Governo ao serviço da Mota-Engil
Ordenando a intervenção policial, o Governo está a usar as forças de segurança para servir os interesses patronais e reprimir os trabalhadores.
O Governo coloca-se abertamente contra os trabalhadores e as justas reivindicações que os mobilizam nesta luta, e a favor dos patrões da Amarsul: o Grupo EGF, detido maioritariamente pela Mota-Engil.
Os trabalhadores em luta exercem os seus direitos e organizam piquetes para defenderem o direito à greve.
Ao pressionarem, agora também com a intervenção policial, para que seja feita deposição de resíduos, a Amarsul e Governo violam o direito à greve e desrespeitam também as normas mínimas exigidas para a descarga dos resíduos.
Pretendem que os camiões entrem, como se não houvesse greve. Mas em que condições é feito o depósito dos resíduos? Num canil?
Não pode valer tudo para impor a vontade do patrão!
A secretária-geral da CGTP-IN e os sindicatos SITE Sul e STAL estão a acompanhar a situação, exigindo no local e por todos os meios legais, que seja reposta a legalidade.
Estas manobras não vão demover os trabalhadores. A luta vai continuar.