Com uma adesão acima dos 60% dos trabalhadores à greve. na sexta-feira, durante a qual se realizou uma concentração em Lisboa, os trabalhadores dos CTT reafirmaram, em força, as suas reivindicações de aumento dos salários de todos, renacionalização dos correios e admissão dos efectivos em falta para assegurar um serviço postal, com o mínimo de qualidade.A FECTRANS saúda os trabalhadores, o seu sindicato de classe – SNTCT e outras organizações envolvidas nesta luta, que sonham e acreditam que é possível valorizar os salários, melhorar o serviço postal e renacionalizar os CTT, mas que acima de tudo, diariamente, intervêm e lutam pela sua concretização.
Bem pode o presidente dos CTT tentar desvalorizar as razões desta greve, porque os trabalhadores hoje demonstraram o seu descontentamento e empenho na luta em torno das suas reivindicações e bem pode o presidente ter certeza, que o calendário das lutas é sempre que estejam em causa as reivindicações e interesses de quem trabalha.
Numa empresa que acumula lucros, que se fosse pública seriam postos ao serviço de todos, pela sua incorporação no OE – Orçamento do Estado, mas que pelo facto de ser privada vão para os bolsos só de alguns, é possível aumentar os salários e afastá-los do valor do SMN – Salário Mínimo Nacional.
Com a privatização dos CTT o serviço postal piorou e muito, como sucessivamente reconhece a entidade reguladora, porque o objectivo central passou ser gerar lucros para os accionistas, secundarizando o interesse dos portugueses e do País, pelo que a solução passa pela renacionalização dos correios, invertendo a lógica do seu funcionamento - servir os utentes e assegurar o acesso universal dos cidadãos ao serviço postal.
A renacionalização dos CTT só não se faz porque há falta de vontade política deste governo para enveredar pela melhor solução para os interesses do País, como reconhecem cada vez mais pessoas e diversas entidades.
Fonte: FECTRANS