Trabalhadores da central termoelétrica do Pego, dirigentes sindicais, deputados, eleitos nas autarquias locais e outras pessoas responderam ao apelo do SIESI e foram no sábado, à tarde, apoiar na rua, junto dos Paços do Concelho de Abrantes, a exigência de que o encerramento daquela importante unidade não se concretize no final deste mês.
A destruição de duas centenas de postos de trabalho, sem alternativas de emprego, foi uma grande preocupação ali manifestada, tanto nas intervenções realizadas durante o protesto, como nas declarações posteriores à comunicação social.
Independentemente de quem ganhe, a 15 de Janeiro, o concurso público para atribuição do ponto de injeção de energia na actual central, exige-se a manutenção dos postos de trabalho e do desenvolvimento da região, afirmou o presidente do SIESI, Luís Santos.
Rogério Silva, coordenador da federação e membro da Comissão Executiva da CGTP-IN, insistiu na paragem do processo (anúncio) de encerramento da central do Pego, até haver alternativas credíveis, que salvaguardem a produção energética, os postos de trabalho e a economia da região.
Foi muito criticada a «transição energética» em que o Governo se tem mostrado tão empenhado. Este encerramento, a concretizar-se, representará um crime económico e social, como sucedeu com a central da EDP em Sines e com a refinaria da Petrogal em Matosinhos.
Além disso, que já é bastante, o fecho do Pego não vai efectivamente contribuir para um melhor ambiente, uma vez que a electricidade continua a ser necessária para o País e será importada de Espanha e França, onde é gerada em centrais a carvão que emitem o dióxido de carbono que o Governo diz querer evitar.
Este problema será levado pelo SIESI à Presidência da República no próximo dia 17, quarta-feira.