Hotel Miraneve encerra e deixa trabalhadores sem emprego

Hotel Miraneve - Vila Real | Foto de A Voz de Trás-os-Montes / Facebook HOTEL MIRANEVE ENCERRA E DEIXA OS TRABALHADORES NA RUA SEM EMPREGO E SEM DIREITOS

A direção do sindicato reuniu hoje com os atuais 8 trabalhadores despedidos da firma Miraneve que explorava três estabelecimentos de hotelaria e restauração de Vila Real (hotel, restaurante e loja n.º 202 do centro comercial).

Esta sociedade já empregou mais de 20 trabalhadores, que, entretanto, foram-se despedindo devido ao incumprimento dos seus direitos por parte da empresa, correndo processos no Tribunal do Trabalho contra esta.

O sócio-gerente encerrou o hotel e o restaurante dia 7 do corrente, depois de em agosto ter encerrado o estabelecimento do Centro Comercial e não pagou os direitos aos trabalhadores.

A empresa deve o subsídio de férias e subsídio de Natal de 2020 e os salários de junho a outubro de 2021 a todos os trabalhadores, bem como outros direitos nomeadamente, o subsídio de alimentação nas férias, feriados e férias de anos que remontam a 2017.

A empresa passou um modelo para os trabalhadores requererem o subsídio de desemprego que não foi rececionado pela segurança social por estar mal preenchido.

O sindicato já denunciou a situação à ACT, apresentou queixa-crime por encerramento ilícito e pediu uma reunião urgente ao Ministério do Trabalho com a presença da Miraneve e da Rodonorte (senhoria dos estabelecimentos).

Os trabalhadores acusam o gerente da sociedade de desviar verbas para enriquecimento pessoal e para abertura de outros estabelecimentos, no caso o Restaurante Meia Laranja, sendo esta uma prática habitual no setor.

O sindicato já há muitos anos que vem a denunciar esta situação junto da Autoridade para as Condições de Trabalho que nunca atuou de acordo com as suas atribuições e competências, pois se o tivesse feito, nunca chegaríamos a esta situação.

O sindicato apresentou em 2020 queixa-crime por retenção indevida dos valores das quotas sindicais.

Todos sabiam que a empresa não respeitava minimamente a lei e que continuava a laboral em situações precárias e recorrendo ao trabalho ilegal.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte