No âmbito do processo de despedimento colectivo dos 130 trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit Portugal, a fase inicial de informação e negociação entre a empresa e a Comissão de Trabalhadores terminou sem acordo, na 5ª reunião realizada no dia 28 de Setembro.
Durante mais de um mês à porta da fábrica em Santa Iria de Azóia e após quatro desfiles e concentrações em Lisboa, foi a resistência e a luta dos trabalhadores que obrigaram a multinacional a rever a sua posição inicial embora mantenha a intenção de encerrar a laboração.
Os trabalhadores estiveram hoje reunidos em plenário durante toda a manhã e decidiram prosseguir a luta pela defesa do emprego e pela reconversão produtiva da fábrica.
Para o efeito já solicitaram uma nova reunião com o Governo (Ministério da Economia e Ministério do Trabalho) para exigir respostas e para apresentarem propostas de reconversão da actividade produtiva da actual fábrica visando a defesa do emprego e a valorização das qualificações e competências dos trabalhadores.
No mesmo sentido irão estabelecer contactos com os grupos parlamentares da Assembleia da República e com outras instituições e organismos.
A situação actual em Portugal também está a ser acompanhada ao nível do Comité de Empresa europeu do Grupo Saint-Gobain que reuniu esta semana.
Os trabalhadores vão continuar junto à fábrica e irão realizar novas acções, a anunciar oportunamente.
Os trabalhadores da Saint-Gobain Sekurit apelam ao reforço do apoio e da solidariedade que até agora tem sido manifestada pela população nesta justa e digna luta que está a ser travada na única fábrica que transforma o vidro automóvel em Portugal.
Fonte:
- FEVICCOM - Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro
- STIV - Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Vidreira
- COMISSÃO de Trabalhadores da SGSP