Trabalhadores dos Armazéns da Jerónimo Martins reivindicam aumento dos salários e condições de trabalho
Salários
Considerando os lucros milionários da empresa e a clara estagnação salarial e a desvalorização profissional, sentida pelos trabalhadores com mais anos de antiguidade na Jerónimo Martins, os trabalhadores reivindicam ainda este ano:
- Aumento salarial de 90€ (3€/dia) para todos os trabalhadores sem discriminações;
- Aumento de subsídio de alimentação, cujo valor é de 5,40€ há muitos anos.
A Jerónimo Martins, mesmo em contexto de pandemia, teve crescimento de lucros, à custa dos trabalhadores, que mesmo sobre enorme pressão, contribuíram para o sucesso da empresa.
A administração continua sem dar resposta à proposta de aumento dos salários para todos os trabalhadores.
Condições de Trabalho
Devido à movimentação de caixas muito pesadas e a entrada de material de fornecedores com paletes acima 1,5m de altura, os trabalhadores reivindicam:
Contratação de mais trabalhadores até serem assegurados os meios mecânicos, que evitem a movimentação manual de cargas;
Análise de riscos aquando da movimentação manual de cargas demasiado pesadas;
A diminuição da altura das paletes, porque a obrigatoriedade de montar paletes com 2m de altura, torna a carga muito volumosa e o equilíbrio instável, podendo originar acidentes de trabalho.
Armazém da Azambuja
Destacamos alguns problemas concretos que denunciamos e exigimos a sua resolução.
O pavimento no interior do armazém está em mau estado;
As escadas provisórias de acesso ao refeitório, devem assegurar a necessária estabilidade durante a sua utilização, nomeadamente, serem colocados antiderrapantes;
As janelas de cima do armazém, encadeiam os trabalhadores que estão a manobrar máquinas e a trabalhar nos corredores podendo estar em causa a segurança dos trabalhadores.
Se não houver resposta da empresa às reivindicações dos trabalhadores,
o CESP vai pedir intervenção do Ministério do Trabalho e da Autoridade para as Condições do Trabalho.
FONTE: CESP