Na revisão salarial anual do contrato colectivo (CCTV) do comércio grossista de produtos farmacêuticos e veterinários, a Fiequimetal insiste que a associação patronal Groquifar deve com urgência dar passos para romper com a política de baixos salários e valorizar os trabalhadores, através de uma actualização salarial justa e digna.
Num comunicado em que questiona «Para onde foram os lucros do sector farmacêutico», a federação assinala que os trabalhadores das empresas armazenistas e distribuidoras tiveram elevado sentido de responsabilidade e nunca deixaram de responder com profissionalismo, em condições muito adversas, como na presente crise sanitária.
Ora, nas negociações para a revisão da tabela salarial e restantes matérias de expressão pecuniária, para o ano de 2021, a Groquifar continua a defender uma actualização de apenas 1,5 por cento e responde negativamente às justas propostas dos trabalhadores.
A comissão negociadora sindical (CNS) da Fiequimetal reafirmou que não se pode manter a situação de baixos salários, a qual representa uma vergonha, num sector que gera milhões de euros de lucros.
Para a federação, a proposta patronal é de todo inaceitável. Os salários dos trabalhadores são muitíssimo baixos e, ano após ano, têm vindo a desvalorizar-se face ao valor do salário mínimo nacional.
As negociações poderão prosseguir, caso a Groquifar evolua nas suas propostas em moldes que tornem o acordo possível, afirma a federação.