Hotéis Vila Galé pretendem realizar referendo ao Banco de Horas e trabalhadores não têm conhecimento e com estabelecimentos ainda parcialmente encerrados ao abrigo do plano de Contingência
O Sindicato de Hotelaria do Sul vem denunciar a forma muito pouco transparente, do processo de um referendo, para a aplicação de um Banco de Horas aos trabalhadores, conforme é pretensão da administração dos Hotéis Vila Galé.
O Sindicato após tomar conhecimento através de comunicação, feita pela empresa, da intenção de fazer um referendo para a aplicação de Banco de Horas aos trabalhadores do Hotel Vila Galé Cascais, numa altura em que muitos trabalhadores se encontram em redução horária, parcial ou total.
A posição que impunha tomar no imediato é de obter a maior informação contra o objectivo da empresa, do lucro imediato à custa do aumento da exploração dos trabalhadores do sector Hoteleiro, que desde Março de 2020, têm visto os seus já baixos rendimentos salariais serem ainda mais reduzidos.
Não podemos esquecer que parte do rendimento dos trabalhadores dos Hotéis também a retribuição da alimentação em género (pequeno almoço, almoço e jantar), cujos apoios do estado às empresas, estas não equacionaram. Estranhando ainda o momento em que é proposto o referendo, o Sindicato nos últimos dias, entrou em contacto directo com os trabalhadores nas unidades hoteleiras no distrito de Lisboa, que estão abertos aos clientes, Vila Galé Opera, Sintra e Cascais (Paço d’Arcos e Estoril – encerrados), verificou que só os trabalhadores do Vila Galé Cascais têm conhecimento do referendo, todos os outros trabalhadores desconhecem se no mês de junho vai haver um referendo para aplicação do Banco de Horas.
Esta situação é extremamente preocupante para esta organização representativa dos trabalhadores do sector, porque a Lei, da responsabilidade do governo PS de António Costa, deixa lacunas quanto ás regras de transparência do acto eleitoral, como é exemplo um referendo ao Banco de Horas, que tem implicações profundas na vida social, familiar e trabalho dos profissionais do sector e particularmente nos Hotéis Vila Galé.
Vimos desta forma apelar aos meios de comunicação social que façam a sua divulgação para que os entidades responsáveis de fiscalização deste acto eleitoral, nada fizerem, os trabalhadores mandatam o Sindicato para organizarem todas formas de luta para denunciar o referendo que no entender dos mesmos tem contornos viciosos.
Aproveitamos também aos trabalhadores dos Hotéis Vila Galé que não sabem do referendo, quando pressionados pelo patrão e seus representantes que a melhor solução é: votem NÂO!
Fonte: SINDICATO DOS TRABALHADORES NA INDÚSTRIA DE HOTELARIA, TURISMO, RESTAURANTES E SIMILARES DO SUL