CHUniversitário do Algarve
Serviço de Cardiologia - medidas de poupança obrigam os enfermeiros a desdobrar-se por dois postos de trabalho.
Administração tem que assumir responsabilidade pelas consequências.
O serviço de cardiologia que se pretende de excelência e de referência só o tem sido devido ao enorme esforço e dedicação dos profissionais de saúde, em concreto dos enfermeiros.
Ao longo destes anos, a cardiologia tem funcionado sempre com um número de enfermeiros abaixo do recomendado, apesar dos sucessivos alertas dos profissionais e das nossas exigências.
O mesmo relativamente à unidade de hemodinâmica e cardiologia de intervenção (UHCI) e à unidade de cuidados intensivos coronários (UCIC).
E, apesar desta realidade, e sem qualquer alteração que o justifique, a administração decidiu que o período da noite, feriados e fins-de-semana, na UHCI, deixaria de ser garantido através do recurso ao regime de prevenção OBRIGANDO a que, 1 dos 2 enfermeiros escalados para prestar cuidados aos 15 doentes do internamento, terá que os “abandonar” para responder ali as respostas em cuidados de saúde que forem necessárias.
Absolutamente inaceitável! O Centro Hospitalar do Algarve transformou-se há relativamente pouco em Centro Hospitalar Universitário do Algarve. Era suposto que este “up-grade” tivesse como objectivo a excelência, a qualidade e a segurança dos cuidados a prestar numa perspectiva de o tornar numa referência a nível nacional e, consequentemente, com maior capacidade de atrair e fixar os profissionais de saúde, das diferentes carreiras.
É na prossecução deste objectivo que os enfermeiros exigem a dotação total recomendada de 52 enfermeiros para assegurar os cuidados na UCIC, UHCI, recobro e internamento.
Para dirimir o conflito que potencialmente poderá aumentar naquele serviço, o SEP solicitou reunião urgente com a administração do CHUA ,disponibilizando-se para reunir durante o fim-de-semana.
Fonte: SEP