Fazer mais com menos e poupar pondo em causa a saúde dos algarvios e dos profissionais, continua a ser o lema.
Ao despedir enfermeiros com os quais foi estabelecido um contrato a termo incerto a ARS do Algarve admite que a razão que levou à contratação cessou. Mas não é o caso!
A consequência também foi imediata. Para manter serviços a funcionar, nomeadamente, as consultas domiciliárias, houve quem tivesse que seguir turno. Um enfermeiro vai ter que trabalhar 12 horas porque a ARS DO ALGARVE prefere despedir a “agarrar” a oportunidade de, pela primeira vez, ter os centros de saúde melhor dotados e com maior capacidade de resposta integrada.
Relembramos que está em curso a vacinação e que a mesma tem determinado a sobrecarga de trabalho de todos os profissionais.
Relembramos ainda, que o Orçamento do Estado obriga ao aumento do horário de trabalho dos centros de saúde (diariamente e ao fim de semana) e aumentou os contextos de resposta em cuidados de enfermagem, em concreto, nos equipamentos residenciais para idosos.
Relembramos finalmente, que o governo determinou a existência de incentivos para a recuperação de listas de espera de consultas e de cirurgias.
A conclusão é óbvia! Fazer mais com menos e, principalmente, poupar.
A informação de despedimento foi oral e a seguinte: “na segunda, dia 10, já não vem trabalhar”!
O DESRESPEITO não é só para com os enfermeiros “despedidos”. É para com a população algarvia.
Na próxima segunda-feira, 10 de maio, iremos reunir com os enfermeiros e às 16 horas estaremos na reunião solicitada pelo deputado do PCP, João Dias, ambas em Portimão.
É inadmissível que a ARS do Algarve ainda não tenha respondido ao nosso pedido de reunião de 12 de fevereiro e reiterado há duas semanas atrás e, entretanto se permita “jogar com a vida” dos algarvios e dos profissionais.