O Governo está a discriminar os guardas-florestais do SEPNA/GNR, da atribuição dos suplementos remuneratórios, cuja negociação iniciou com as associações sindicais e profissionais das forças de segurança, apesar de aqueles profissionais, terem estatutariamente atribuídas funções de policiamento florestal, da caça e da pesca e serem um órgão de polícia criminal para a investigação das causas dos incêndios florestais.
Há largo tempo que a Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) reivindica a atribuição dos suplementos por exercício de funções da carreira de guarda-florestal e de trabalho em equipa de protecção florestal, bem como do abono para falhas, sem que até hoje, o Governo tenha dado início à sua negociação.
Agora que iniciou a negociação da revisão dos suplementos remuneratórios e da atribuição do suplemento de risco aos elementos das outras carreiras policiais da GNR e da PSP, só por manifesta falta de vontade política e desconsideração para com os guardas-florestais, não dá resposta à exigência há largo tempo apresentada e sobejamente fundamentada.
Perante a tomada de conhecimento de que se encontra marcada para o próximo dia 6, uma primeira reunião técnica, com as associações sindicais e profissionais das forças de segurança, sobre a revisão dos suplementos e subsídios e sobre a atribuição do suplemento de risco, esta Federação dirigiu ao Ministro da Administração Interna um ofício em que exige que sejam dadas instruções à Secretária de Estado da Administração Interna, para dar início imediato à negociação da proposta de atribuição dos suplementos remuneratórios aos guardas-florestais do SEPNA/GNR.
A FNSTFPS comunicou ainda ao MAI que a ausência de resposta determinará, da parte da Federação, a convocação de uma acção de luta, com os trabalhadores da carreira de guarda-florestal, para o final do mês de Maio.
Fonte: Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais