A greve na Beralt Tin & Wolfram (Portugal), que se iniciou na segunda-feira, dia 26, tem contado com uma adesão fortíssima, acima dos 90 por cento, e ontem houve mais trabalhadores a juntarem-se à luta.
Para o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Mineira, isto constitui elemento de confiança na luta e um claro sinal para que a administração da empresa concessionária assuma uma postura de resposta ao descontentamento dos trabalhadores e avance com propostas que valorizem os salários e melhorem as condições de trabalho.
Num comunicado que emitiu ontem, a Direcção do STIM saúda todos os trabalhadores que, pela sua coragem, força e determinação, decidiram participar na greve pela melhoria das condições de vida e de trabalho.
Quando a dignidade, segurança e vida estão em causa, não há exclusões e a luta é de todos!
Os trabalhadores vão manter-se unidos, determinados e firmes e vão resistir, para fazer valer os seus direitos, melhorar salários e alcançar condições de vida e de saúde dignas, nesta que é uma profissão de elevado risco e penosidade.
Expressões de solidariedade
A luta nas Minas da Panasqueira conta com a solidariedade da União dos Sindicatos de Castelo Branco, do Sindicato dos Trabalhadores do Sector Têxtil da Beira Baixa e da Direcção Regional de Castelo Branco do STAL, que enviaram saudações.
No dia 5 de Maio, pelas 15h, com os trabalhadores da BTW(P) estarão a secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, e o coordenador da Fiequimetal, Rogério Silva.
A greve de duas horas diárias, para todos os trabalhadores, abrangendo também o trabalho suplementar, prolonga-se até 8 de Maio.