A greve realizada entre os dias 22 e 27 demonstrou a unidade e firmeza dos trabalhadores da Exide, para reivindicarem uma melhoria significativa dos seus salários e das suas condições de vida e de trabalho.
A Direcção do SIESI e as organizações representativas dos trabalhadores na empresa saudaram, em comunicado, este exemplo, e realçaram que a empresa terá de dar um salto qualitativo na sua proposta de aumento salarial.
Com uma expressão bastante significativa na adesão e na mobilização para os piquetes, a greve provocou a paralisação total da produção e demonstrou que os trabalhadores estão disponíveis para lutar para alcançar os seus objectivos.
A greve terminou ontem, depois de completadas oito horas de paralisação em todos os horários (duas horas por dia), sem necessidade de usar o dia 28, também incluído no pré-aviso.
Nesta terça-feira, dia 27, os trabalhadores em greve concentraram-se, a meio da manhã, no exterior da empresa. Depois de um período de intervenções sindicais, incluindo da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, o protesto prolongou-se em manifestação, até à rotunda na EN1.
Negociação ou novas lutas
O SIESI declarou que mantém, como sempre até ao momento, disponibilidade para negociar e encontrar soluções para os problemas e aspirações dos trabalhadores, ficando a aguardar uma nova reunião negocial com a administração, a que se seguirão plenários de trabalhadores.
Os trabalhadores devem manter a unidade que construíram e permanecer firmes na defesa dos seus legítimos interesses e aspirações, sublinhou o sindicato, apelando a que o 1.º de Maio seja também um dia de luta pelo aumento dos salários, na manifestação convocada pela CGTP-IN, em Lisboa.
Algumas fotos da luta no dia 27