Depois das greves de 30 de Setembro, 30 de Outubro e 9 de Dezembro (na foto), os trabalhadores da fábrica da Aptiv em Braga reuniram-se em plenários e admitiram voltar a paralisar, caso a administração insista no braço-de-ferro.
Os plenários decorreram nos dias 24 e 25 de fevereiro, para fazer balanço da situação social na empresa, como informou o SITE Norte, numa nota à comunicação social.
Foi aprovada uma nova proposta reivindicativa, a entregar à administração, uma vez que esta, numa atitude desrespeitosa, recusou-se a negociar as reivindicações apresentadas em 2020. Esta atitude da administração levou os trabalhadores a avançarem para aquelas greves, com concentrações no exterior da fábrica.
Com a apresentação da nova proposta reivindicativa, pretende-se criar mais um espaço para a administração rever a sua posição.
Os trabalhadores continuam a reclamar aumentos salariais de 90 euros. Exigem ainda o fim das discriminações (nomeadamente, com a atribuição do prémio de antiguidade a todos os trabalhadores e o pagamento das horas nocturnas a partir das 20h).
É também reclamado um combate sério à precariedade, que alastra e é usada abusivamente na empresa.
Nas reivindicações inclui-se a redução imediata do horário de trabalho, em 30 minutos, com o objectivo de atingir gradualmente as 35 horas semanais a curto prazo.