Grupo ACCOR, procede a negociações individuais de revogação dos contratos de trabalho, em várias unidades hoteleiras e com dezenas de trabalhadores.
O Grupo Hoteleiro com origem em França, surpreendeu nos últimos dias, ao encetar contactos com diversos trabalhadores(as) em muitas unidades hoteleiras em Portugal. Na Região Centro o Sindicato tem acompanhado a situação dos trabalhadores(as) que solicitaram a ajuda do sindicato neste processo, nas unidades IBIS de Coimbra e Figueira da Foz e Mercure também na Figueira da Foz.
Utilizando uma abordagem estudada ao pormenor, os representantes dos Recursos Humanos da empresa envolvidos neste processo, utilizam todas as situações de grande fragilidade em que os trabalhadores(as) se encontram e sem olhar a idade, vão negociando com quem manifesta esse desejo de responder afirmativamente à proposta. Cada caso é tratado sempre em prejuízo dos trabalhadores(as), os valores atribuídos para compensação do despedimento, são muito inferiores aos que por Lei seriam devidos.
A Direção do Sindicato, manifesta a sua preocupação e exorta os trabalhadores(as) de todas as unidades hoteleiras da região, para que lutem e resistam em defesa dos seus postos de trabalho.
Repudiamos também a atitude pouco social das empresas do sector da Hotelaria e Restauração, que estando a receber todos os apoios à retoma da atividade, não deixam de se aproveitar para reduzir os seus quadros de pessoal, sobretudo dos trabalhadores(as) com mais antiguidade.
Este Grupo económico, está desde Abril 2020 a usufruir de apoios do Estado português, no sentido de proteger os postos de trabalho, mas não recusa o recurso a esta possibilidade que lhe é dada por políticas erradas que não deviam permitir nenhuma forma de despedir trabalhadores(as).
No último Verão, conforme a direção do sindicato denunciou, o Grupo ACCOR encerrou o Hotel IBIS, transferiu em regime de lay-off parcial as trabalhadoras para a unidade Hotel Mercure e ai trabalharam com ocupação total dessa unidade, ultrapassando todas as regras determinadas para o exercício da atividade em período de Pandemia, chegados a este momento esta é a decisão da empresa, sem nenhuma preocupação social, para com os que sempre serviram a empresa ao longo dos anos.
FONTE: SINDICATO DE HOTELARIA DO CENYTO