O Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro vê-se, legalmente, obrigado a notificar os enfermeiros da cessação dos seus contratos de trabalho.
Numa altura em que os enfermeiros se encontram num estado de cansaço extremo e exaustos na luta contra a situação pandémica que se vive no país, as condições de trabalho deveriam contribuir para uma melhoria na prestação de cuidados. Mas acontece exatamente o contrário.
Por inércia do Ministério da Saúde, o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro vê-se, legalmente, obrigado a notificar os enfermeiros da cessação dos seus contratos de trabalho.
São enfermeiros que foram contratados para substituir outros, ausentes pelas mais variadas razões, e que agora com o regresso desses, verão os seus contratos cessar.
Recordamos que o Ministério da Saúde, após exigência do SEP, numa reunião ocorrida a 18 de dezembro, reconheceu a injustiça desta situação e assumiu o compromisso de encontrar a solução que, pelos vistos, tarda em chegar e causa estas situações incompreensíveis, ainda mais com a situação que se vive no país.
A pandemia só veio dar mais evidência à precariedade que nós há muito reclamamos, sendo inaceitável que não se tome uma decisão política para que, de uma vez por todas, se efetivem estes profissionais.
O SEP reafirma a sua exigência de que estes colegas que estão a dar resposta a cuidados permanentes, tenham um vínculo permanente. É inaceitável que seja o próprio Governo a fomentar a precariedade.
É face a esta realidade extremamente preocupante que convidamos os Srs. Jornalistas para uma conferência de imprensa, a realizar no dia 22 de janeiro de 2021, pelas 11h30, junto à entrada do Hospital de Vila Real.