O Primeiro-Ministro não confirmou, em entrevistas e declarações feitas após o anúncio de novo confinamento, o que tinha garantido no dia 13: a realização de rastreios periódicos nas escolas, com o recurso a testes antigénio.
Em relação à vacinação dos professores, António Costa tem fugido à questão remetendo para o grupo de especialistas a responsabilidade das decisões já tomadas, parecendo esquecer que o momento que hoje vivemos é muito diferente do que se vivia quando as prioridades de vacinação foram definidas: os casos diários de novas infeções e óbitos atingem valores elevadíssimos; o país entrou em novo confinamento; as escolas mantêm-se abertas para, segundo o governo, atenuarem as consequências da pandemia nas aprendizagens dos alunos.
O agravamento da situação epidemiológica no país impõe o reforço da prevenção e das medidas de segurança sanitária nas escolas, sob pena de ser posta em causa a saúde dos docentes e de toda a comunidade escolar.
Neste novo contexto, não tendo sido tomadas as medidas que se exigiam, a FENPROF decidiu lançar um abaixo-assinado. As assinaturas serão recolhidas, a partir de hoje, online e também nas escolas junto dos professores e educadores.
A FENPROF não acrescentará mais escolas à lista que elaborou no 1.º período porque aguarda que o Ministério da Educação, respeitando sentença do Tribunal Administrativo de Lisboa, disponibilize a informação. Todavia, irá acompanhar de perto as situações concretas, quer abrindo uma plataforma para recolha de informação na sua página Web (www.fenprof.pt), quer através dos dirigentes e delegados dos seus sindicatos.
Se as condições exigidas não forem criadas, as escolas poderão, em breve, ter de encerrar sem que o governo tivesse garantido as prometidas condições para o ensino a distância.
FONTE: FENPROF