TAP - mais uma expectativa frustrada

Aeroporto PortoNa passada sexta-feira, 8 de Janeiro, por convocação da TAP, realizou-se mais uma reunião por videoconferência com os sindicatos representativos do pessoal de terra, dita no âmbito do plano de reestruturação
da TAP.
Lamentavelmente, terminámos a reunião praticamente com o mesmo conhecimento sobre o referido plano que tínhamos antes desta começar. Apenas nos foi dito que dentro de dias iria ser publicada a legislação que iria colocar as empresas do grupo TAP em situação económica difícil, mas que o regime sucedâneo das relações de trabalho não tinha ainda data prevista para a sua publicação.

Para os trabalhadores da TAP que, desde há meses, através da comunicação social, andam a ser responsabilizados pela situação em que a empresa se encontra, e ameaçados de cortes e despedimentos, é no mínimo frustrante assistirmos à degradação da empresa gerida por Administradores provisórios, agravado ainda, agora, com o anúncio da saída de mais um elemento da Comissão Executiva. Só faltará que nos responsabilizem também pelas consequências de mais esta baixa na gestão. Muito alertou o SITAVA que este Senhor Administrador colocado pelos anteriores acionistas, por razões meramente éticas, há muito que devia ter sido substituído.

Enfim, foi mais uma reunião onde o SITAVA solicitou informação sobre o plano de restruturação, que desconhecemos totalmente, e onde em resposta ao Senhor Secretário de Estado, também tivemos oportunidade de deixar um desafio para que nos digam, cara a cara, quais a cláusulas do Acordo de Empresa do pessoal de terra que inviabilizam a sustentabilidade futura da TAP, S.A.

Da parte dos responsáveis foi respondido que isso seria analisado em reuniões mais técnicas a realizar brevemente.

A este propósito, o SITAVA reiterou a sua posição há muito tornada pública, que consideramos a contratação coletiva um pilar fundamental, onde assenta a confiança mútua que tem que imperar entre uma empresa e os seus trabalhadores.

Sem esta relação de confiança e boa fé, jamais poderá haver paz laboral.

Fonte. SITAVA