Sem responder à proposta do SNTSF/FECTRANS para a revisão do AE – Acordo de Empresa, a adminis-tração da MEDWAY/MSC fez uma informação directa aos trabalhadores de aumento de 1% na tabela e0.50€ no subsídio de refeição.
Esta decisão unilateral e sem qualquer negociação fica aquém da proposta sindical e, nomeadamente na tabela ainda faltam 90€.
A administração da MEDWAY/MSC, com este anúncio unilateral,demonstrou que não quer a negociação e que começa a enveredar pelo “quero posso e mando”.
Esta afirmação do Sindicato (SNTSF) é confirmada pela posição da administração de que não “vêem qualquer vantagem em realizar qualquer reunião”.
A revisão anual dos valores remuneratórios, é uma norma do AE, a que a administração se obrigou e que agora não quer cumprir.Perguntamos se a administração aceita que um trabalhador não cumpra as suas obrigações? Não pode haver só deveres para os trabalhadores, enquanto a administração não cumpre com as suas obrigações.
A negociação colectiva é um direito dos trabalhadores, consignada na Constituição da República e no Código do Trabalho e a administração da MEDWAY/MSC tem que cumprir as leis de Portugal, país onde opera e não a lei do país sede da multinacional.
Perante a proposta de imposição de forma unilateral actualizações de salários,que por cima são muito baixas, que não compensam os esforços dos trabalhadores neste quadro de pandemia, que permite que a MEDWAY/MSC mantenha a sua actividade, só há um caminho,a resposta firme e determinada dos trabalhadores. VAMOS À LUTA!
Nos próximos dias o SNTSF/FECTRANS vai fazer uma auscultação aos trabalhadores, para decidir as formas de luta, incluindo a greve, na defesa dos direitos, reivindicações e interesses dos trabalhadores.
Fonte: Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário » SNTSF