Escolas da Rede Pública com greve dos trabalhadores não docentes em 29 de Janeiro

Greve dos trabalhadores não docentes 29 de JaneiroOs os trabalhadores não docentes das escolas da Rede Pública estarão em greve no dia 29 de Janeiro de 2021. Reivindicam a admissão imediata de mais pessoal, o fim do trabalho precário e a dignificação salarial e funcional.

A Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais decidiu convocar, para o dia 29 de Janeiro de 2021, uma Greve Nacional dos trabalhadores não docentes das escolas da Rede Pública.

▶ Pelo fim do trabalho precário e pela integração sem termo de todos os trabalhadores com contrato a termo certo. Estes trabalhadores são precisos nas escolas, a tempo inteiro e com plenos direitos.

▶ Pela admissão imediata de um mínimo 6000 trabalhadores não docentes, para pôr cobro à recorrente falta de pessoal nas escolas da Rede Pública, que impõe sacrifícios aos actuais trabalhadores e provoca a sistemática degradação da Escola Pública. A portaria de rácios agora revista é um logro que em nada resolve a falta de pessoal e só confirma que este governo não quer gastar mais dinheiro com os trabalhadores não docentes.

▶ Pela dignificação salarial e funcional, com reposição das carreiras específicas. Só assim será possível valorizar trabalho e os trabalhadores não docentes das escolas da Rede Pública que têm um papel insubstituível no seu funcionamento. Trabalho, mas com direitos!

▶ Pelo fim do processo de descentralização/ municipalização da Escola Pública. O governo ao concretizar a municipalização tem apenas por objectivo desresponsabilizar-se dos deveres constitucionais de garantir uma Escola Pública universal, inclusiva e de qualidade. Cabe ao Ministério da Educação gerir as escolas da Rede Pública, com meios financeiros, humanos e técnicos, uniformes em todo o território nacional.

Num ano lectivo atípico como este que vivemos, em que a pandemia do COVID-19 só veio realçar as graves insuficiências a que já estava sujeita a Escola Pública e agravar o desrespeito pelos direitos dos trabalhadores não decentes, cujas funções são da maior importância para segurança e saúde da comunidade escolar, o governo do PS tinha a obrigação de dar resposta às reivindicações dos trabalhadores não docentes e de adoptar as medidas que garantissem condições de trabalho dignas e com direitos.

Não o fez! Por isso, impõe-se que os trabalhadores não docentes reafirmem a sua vontade de ver as suas reivindicações satisfeitas.

No próximo dia 29 de Janeiro, todos em greve, pelo trabalho com direitos, por uma vida digna e em defesa da Escola Pública.

Fonte: Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas