A empresa Eurest contratou a empresas de trabalho temporário mais de 200 trabalhadores para as cantinas escolares dos municípios do Porto, Gondomar, Valongo e Trofa. Agora, foram todos despedidos. Os trabalhadores receberam a carta de despedimento na véspera do encerramento das escolas para férias de Natal. O sindicato requereu ao Ministério do Trabalho uma reunião urgente com a Eurest e convocou os trabalhadores para uma reunião no dia 21, para decidir outras medidas a tomar.
Comunicado de Imprensa do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte:
EUREST DESPEDE MAIS DE 200 TRABALHADORES
A empresa Eurest, Ld.ª contratou através de empresas de trabalho temporário mais de 200 trabalhadores para as cantinas escolares dos municípios do Porto, Gondomar, Valongo e Trofa.
Estes trabalhadores foram obrigados a assinar contratos a termo incerto.
Agora, foram todos despedidos.
O sindicato e os trabalhadores reclamaram destes contratos, mas a empresa manteve a sua posição ameaçando não contratar quem recusasse assinar, pelo que os trabalhadores acabaram por os assinar contra a sua vontade.
Tal como o sindicato previa, os trabalhadores receberam a carta de despedimento, na véspera do encerramento das escolas para férias de Natal.
Estes contratos são ilegais pois, se o motivo que lhes deu origem é o contrato de prestação de serviços de refeições para o ano letivo, o contrato também deveria ser para todo o ano letivo e não a termo incerto ou para o 1.º período.
O sindicato solicitou a intervenção da ACT, mas esta entidade não interveio.
Além disso, a Eurest deve férias e subsídio de férias aos trabalhadores efetivos que transitaram da anterior concessionária e deve a compensação por caducidade aos trabalhadores a termo despedidos no final do ano letivo anterior.
Entretanto, o sindicato requereu uma reunião ao Ministério do Trabalho com a Eurest urgente, que estava agendada para dia 22 de dezembro, mas a empresa manifestou-se indisponível para reunir antes de janeiro do próximo ano.
O sindicato convocou uma reunião de trabalhadores para dia 21 do corrente para decidir outras medidas a tomar.