Hoje é dia de luta por melhores salários dos trabalhadores das empresas fabricantes de material eléctrico e electrónico. Com fabulosos lucros no ano passado e à beira de atingirem os objectivos deste ano, as empresas do sector retiraram rendimentos aos trabalhadores e aplicaram medidas que restringiram e condicionaram diversos direitos laborais.
Os trabalhadores da Legrand, em Trajouce (São Domingos de Rana, concelho de Cascais), realizam, pelas 10h00, um plenário e uma concentração em frente à empresa.
Na Hanon Systems, em Palmela (parque industrial das Carrascas), os trabalhadores fazem greve e concentram-se às 15h00 no exterior das instalações.
Depois da greve realizada a 30 de Setembro, os trabalhadores da Aptiv, em Braga, discutiram ontem a possibilidade de continuar a luta na próxima semana.
É justo e necessário
Os trabalhadores e os sindicatos têm exigido em diversas empresas, nomeadamente em abaixo-assinados, a negociação dos cadernos reivindicativos de 2020 e aumentos salariais que signifiquem um real aumento do poder de compra.
Desde o início do surto epidémico, várias empresas do sector FMEE adiaram ou cancelaram as negociações dos cadernos reivindicativos. Com fabulosos lucros no ano passado e à beira de atingirem os objectivos deste ano, retiraram rendimentos aos trabalhadores e aplicaram medidas que restringiram e condicionaram diversos direitos laborais.
A ANIMEE, associação patronal do sector, anunciou recentemente uma actualização salarial miserável, num momento em que os trabalhadores e o País precisam de aumentos reais dos seus salários, de forma a aumentar o poder de compra e, por essa via, melhorar as condições de vida e dinamizar a economia.
Apesar do valor diminuto, a ANIMEE e as empresas pretendem que essa actualização salarial seja aplicada a partir do corrente mês, quando deveria ter efeitos a Janeiro.
Os trabalhadores e os sindicatos da Fiequimetal não abdicam da reivindicação de um aumento salarial de 90 euros, para todos. Este é um objectivo central, na luta que está a ser desenvolvida.
Fonte: Fiequimetal
Comunicado do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas aos trabalhadores dos fabricantes de material elétrico e eletrónico e aos órgãos de Comunicação Social:
23/10 - Dia de luta por melhores salários e negociação das reivindicações
Estão marcadas duas acções de luta no sector dos Fabricantes de Material Elétrico e Eletrónico para o dia 23 de Outubro, para exigir aumentos salariais dignos e a negociação dos cadernos reivindicativos apresentados nas empresas.
Com o início do surto epidémico, várias empresas do sector adiaram ou cancelaram as negociações dos cadernos reivindicativos, retiraram rendimentos aos trabalhadores e aplicaram medidas que restringiram e condicionaram diversos direitos dos trabalhadores, mesmo depois de terem obtidos fabulosos lucros no ano passado e de estarem a atingir os objectivos deste ano.
A Associação Patronal do sector, a ANIMEE, anunciou recentemente uma actualização salarial miserável, num momento em que os trabalhadores e o País precisam de aumentos reais dos seus salários de forma a aumentar o poder de compra e, por essa via, dinamizar e alavancar a economia nacional.
Além disso, a ANIMEE e as empresas do sector pretendem que esta actualização salarial tenha apenas efeitos a partir de Outubro de 2020. O SIESI e os trabalhadores exigem que tenha retroactivos a Janeiro, momento em que o custo de vida aumentou – nomeadamente fruto da inflação.
Os trabalhadores e o SIESI têm dinamizado diversos abaixos-assinados que serão entregues às respectivas empresas a exigir a negociação dos cadernos reivindicativos de 2020 e aumentos salariais que signifiquem um real aumento do poder de compra.
No dia 23 de Outubro, pelas 10h00, os trabalhadores da Legrand, em Trajouce, realizarão um plenário e uma concentração em frente à empresa e, às 15h00, os trabalhadores da Hanon Systems, em Palmela, iniciarão uma greve com concentração junto à empresa em protesto.
O SIESI apela aos trabalhadores para se unirem, para se sindicalizarem, para não abdicarem dos seus direitos e para juntos exigirmos a melhoria das condições de vida e de trabalho.
É pela luta que lá vamos!