A CP informou que denunciou o contrato de prestação do serviço de refeições e alojamento que mantinha com a Servirail, há vários anos, nos comboios internacionais que fazem os percursos Lisboa-Madrid e Lisboa-Hendaye (Lusitânia e Sudexpresso). Esta denúncia do contrato, sem que haja um novo concurso público para o mesmo serviço, põe em causa o futuro dos 20 postos de trabalho afectos a este serviço.
Comunicado de Imprensa da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal:
CP DENUNCIOU O CONTRATO COM A SERVIRAIL E EMPURROU PARA O DESEMPREGO 20 TRABALHADORES
Realizou-se hoje uma reunião no Ministério do Trabalho com a Serviral, Lda., pertencente ao grupo internacional Newrest, que explora os comboios internacionais que fazem os percursos Lisboa-Madrid e Lisboa-Hendaye (Lusitânia e Sudexpresso), e a CP Comboios de Portugal, S. A., tendo em vista a retoma da atividade destes comboios parados desde o dia 17 de março.
Nesta reunião, a CP informou que denunciou o contrato de prestação do serviço de refeições e alojamento que mantinha com a Servirail há vários anos.
Esta denúncia do contrato, sem que haja um novo concurso público para o mesmo serviço, põe em causa o futuro dos 20 postos de trabalho afetos a este serviço.
A posição da CP é tomada na véspera da cimeira ibérica prevista para dia 6 de outubro, na Guarda, onde se vão discutir as relações entre os dois países e o reforço da ferrovia.
Por isso, esta decisão inesperada da CP vai contra o espírito que tem presidido às relações entre Portugal e Espanha.
A FESAHT manifestou o seu protesto veemente a sua profunda repulsa por tal ato da CP e exigiu mais ponderação e responsabilidade social.
A Servirail confirmou a receção da denúncia do contrato por parte da CP e declarou que está a ponderar iniciar dentro de dias um processo de despedimento coletivo.
Ficou agendada nova reunião para dia 21 do corrente, pelas 14:30 horas.
A FESAHT insistiu na presença do Ministério das Infraestruturas neste processo conciliatório.
Recorde-se que estes trabalhadores estão sem trabalhar desde o dia 17 de março, estiveram em lay-off até 31 de julho, foram altamente penalizados nos seus salários, estão cansados de estar em casa, querem ocupar os seus postos de trabalho e desenvolver a sua atividade profissional, sendo que alguns trabalham neste serviço há 30/40 anos e, agora, foram confrontados novamente com um novo regime de lay-off.