Depois do surto de COVID-19 os trabalhadores da Avipronto enfrentam o roubo de direitos

vigília avipronto azambuja 640pxpngOs trabalhadores da Avipronto manifestam-se esta tarde em frente à Câmara Municipal da Azambuja contra a alegação da caducidade do contrato colectivo de trabalho, por parte da empresa, no intuito de reduzir o valor do pagamento do trabalho extraordinário.

Estes trabalhadores saíram agora de uma situação vulnerável, que levou ao encerramento temporário da empresa, onde se registaram mais de uma centena de infectados por covid-19 e, agora, após o drama sanitário, vêm-se confrontados, não com reconhecimento do esforço e risco a que foram submetidos, mas com à usurpação dos direitos consagrados no contrato colectivo de trabalho, denota o SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal.

 

Nota à Comunicação Social do SINTAB - Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal

AVIPRONTO - TRABALHADORES DENUNCIAM RETIRADA DE DIREITOS

Os trabalhadores da empresa Avipronto Produtos Alimentares, SA, empresa do ramo avícula sediada na Azambuja e com ligação ao Grupo Lusiaves, vão realizar uma vigília frente à Câmara Municipal da Azambuja, no próximo dia 25 de setembro entre as 17:00 h e as 22:00 horas, tendo já para o mesmo dia agendado uma reunião com o presidente da Camara Municipal da Azambuja para expor os motivos que os levam a tomar esta atitude.

Esta acção de luta prende-se com o facto de a empresa alegar a caducidade do contrato colectivo de trabalho no intuito de entre outros reduzir o valor do pagamento do trabalho extraordinário. Os trabalhadores não aceitam esta decisão da empresa e têm-se manifestado contra esta medida.

É de salientar que estes trabalhadores saíram agora de uma situação vulnerável, que levou ao encerramento temporário da empresa, onde se registaram mais de uma centena de infetados por covid-19, e agora após o drama sanitário, vêm-se confrontados, não pelo reconhecimento do esforço e risco a que foram submetidos, mas sim com à delapidação dos direitos consagrados no contrato colectivo de trabalho.

O SINTAB, sindicato que representa a maioria dos trabalhadores na Avipronto, condena esta atitude da empresa e tem estado em comunicação com a Administração de forma a reverter esta decisão e garantir a manutenção dos direitos dos trabalhadores e salvaguardar a aplicação do contrato colectivo de trabalho, no entanto as conversações com a empresa têm-se mostrado infrutíferas, pelo que houve a necessidade de fazer esta denuncia publica, para que os portugueses tenham a noção do respeito que estas empresas têm pelos mesmos trabalhadores que durante a pandemia se mantiveram na linha da frente e correram os riscos aqui conhecidos.

CONCENTRAÇÃO/VIGILIA DIA 25 DE SETEMBRO de 2020 – das 17 h às 22 horas

Frente à Câmara Municipal da Azambuja

Serão respeitadas as normas de segurança determinadas pela DGS, quer no que respeita ao afastamento e equipamentos de protecção individuais