Greve nos CTT contra retirada de subsílio de refeição do vencimento mensal

ctt centroA administração dos CTT quer retirar o subsídio de refeição da retribuição pecuniária mensal dos trabalhadores e passá-lo para um cartão de refeição. Por causa dos baixos salários, centenas de trabalhadores passariam a ter uma retribuição líquida disponível inferior ao salário mínimo nacional. Para travar aquela imposição, tomada à revelia dos trabalhadores, os sindicatos entregaram um pré-aviso de greve para dia 29 de Maio e anunciaram já outra greve no dia 12 de Junho, se a decisão se mantiver.

Informação da FECTRANS:

Greve no CTT e CTT-Expresso

O SNTCT/FECTRANS e as restantes organizações sindicais que representam trabalhadores nos CTT e CTT Expresso, entregaram um pré-aviso de greve para dia 29 de Maio e anunciaram outra para o dia 12 de Junho, com a duração de 24 horas em cada dia.

As razões desta greve são:

A informação por parte da Comissão Executiva dos CTT, em nome dos accionistas, de imposição unilateral da forma pagamento do subsídio conforme está estabelecido no AE/CTT desde 1981 e que nunca foi objecto de negociação;

A comissão executiva dos CTT, em nome dos accionistas, informou que vai alterar o modo de pagamento do subsídio de refeição que está definido no AE/CTT desde o ACT de 1981 (cláusula 156ª) e nunca foi objecto de alterações negociadas;

A alteração que os CTT querem impor unilateralmente é a atribuição de um cartão de refeição em substituição do abono no vencimento mensal do valor que está inscrito no AE/CTT como sendo matéria de expressão pecuniária;

É do conhecimento de todos que o cartão de refeição apenas pode ser utilizado em estabelecimentos de venda de produtos alimentares; tais como supermercados, restaurantes, cafés e bares, impossibilitando deste modo que os trabalhadores possam utilizar a sua remuneração mensal conforme a sua vontade ou necessidade;

É sabido que dados os baixos salários, os trabalhadores utilizam o valor desta retribuição para pagar empréstimos à habitação e regularizar dividas, por exemplo;

Centenas de trabalhadores passariam a ter uma retribuição líquida disponível inferior ao salário mínimo nacional.

Esta medida apenas serve os accionistas dos CTT, que ganhariam mais de 1.900.000,00 de euros, que no essencial serial retirados à Segurança Social e erário público.

Perante a prepotência dos accionistas, a resposta firme dos trabalhadores.

FONTE: FECTRANS