Depois de ter elogiado a dedicação e o profissionalismo dos trabalhadores, a administração da EDP propôs, no reinício das negociações salariais, uns míseros seis euros, para as remunerações mais baixas, aumentando a discrepância entre ordenados. A próxima reunião será no dia 16, quarta-feira.
Depois da persistente insistência da Fiequimetal, para continuar as negociações salariais, este tema foi finalmente abordado na reunião da comissão negociadora sindical com representantes da administração, dia 6, como se refere na informação divulgada aos trabalhadores.
Numa altura em que é cada vez mais necessária a valorização dos salários e dos trabalhadores, a administração apresentou um valor de 0,6 por cento para todas as BR (bases remuneratórias) e Letras, o que significaria aumentos entre 6 e 25 euros.
A Fiequimetal considera que a administração - depois de tanto tempo de paragem na negociação salarial, interrompida a 25 de Março, e de ter afirmado que os trabalhadores da EDP estavam de parabéns pela dedicação e profissionalismo - devia ter apresentado uma proposta substancialmente superior, cujos valores reflectissem as palavras, e não ficar por uns míseros 6 euros, para as BR mais baixas, aumentando a discrepância entre ordenados.
No entanto, e para mostrar vontade negocial de garantir um valor que seja um verdadeiro aumento salarial, a Fiequimetal alterou a sua proposta para 80 euros de aumento para cada trabalhador.
Coronavírus,
credenciais e Sãvida
Após a proposta feita pelos representantes sindicais na reunião anterior, a administração admite agora fazer testes COVID-19 a todos os trabalhadores que vão regressar ao trabalho. Só não se entende como a empresa coloca trabalhadores a ir para os locais de trabalho antes de serem conhecidos os resultados dos testes.
Já há algum tempo a federação tinha procurado esclarecimentos sobre a validade das credenciais para consultas de especialidades que, devido à pandemia, não foram utilizadas. A administração informou agora que as credenciais de estomatologia foram prorrogadas até 15 de Junho. As outras especialidades devem ser analisadas de novo pelo médico, sem pagar taxa moderadora.
Sobre o facto de alguns prestadores de serviços médicos à Sãvida estarem a tentar cobrar aos utentes «equipamentos de protecção» contra o vírus, a Sãvida afirma que vai averiguar e garantir que esses prestadores praticam o acordo.
FONTE: FIEQUIMETAL